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Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas, pelo contrário, o seu ser social é que determina a sua consciência.” *Kal Marx “os comunistas nunca devem perder de vista a unidade da organização sindical. (Isto porque) a única fonte de força dos escravos assalariados de nossa civilização, oprimidos, subjugados e abatidos pelo trabalho, é a sua união, sua organização e solidariedade” *Lenin

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Uma verdadeira rebelião de deputadas e deputados


Uma verdadeira rebelião de deputadas Socialistas e feministas, enfrenta o gangster Eduardo Cunha. 


Uma verdadeira rebelião de deputados e deputadas, principalmente por parte das parlamentares, levou à suspensão da sessão plenária desta quarta-feira 27), com muitos protestos contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A confusão teve início quando Cunha não acatou pedidos de verificação nominal de um projeto de resolução e declarou rejeitado o requerimento de retirada de pauta da matéria. A proposição cria comissões permanentes, reunindo no colegiado destinado às mulheres outras categorias sem relação direta com o propósito original. Diante da postura de Cunha, que não deu ouvidos aos apelos das deputadas, um grupo de parlamentares ocupou a Mesa Diretora e as duas tribunas diametralmente opostas do plenário. Dessa maneira, impediu-se que o deputado João Campos (PSDB-GO), aliado de Cunha, pudesse usar um dos microfones e dar continuidade à sessão – o peemedebista se mantinha decidido a manter aprovação da matéria...

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Qual a tua concepção sobre as relações sociais de gênero na categoria?


Qual a tua concepção sobre as relações sociais de gênero na categoria?


Nossa concepção é baseada em conceitos e na visão critica da contradição do capital X Trabalho. Falar em concepção é não deixar de lado a divisão entre Homem e Mulher no trabalho que está na base social da opressão e da desigualdade. Em primeiro lugar, é preciso destacar que ela é histórica, ou seja, foi sendo constituída, não é imutável. Mas tem princípios que permanecem; o que modificam são as modalidades. Isso nos ajuda a pensar sobre a permanência dessa desigualdade. Consideramos que há dois princípios organizadores das relações sociais de gênero da nossa categoria e divisão sexual do trabalho. Um deles é a separação, essa ideia que separa o que é trabalho de homens e de mulheres. Outro é a hierarquia, que considera que o trabalho dos homens vale mais do que o das mulheres. Precisamos superar essa hierarquia que nasce no seio do capital, que é opressão e desigualdade.
Uma das principais justificativas ideológicas para a divisão sexual do trabalho é a naturalização da desigualdade, que empurra para as relações sociais as práticas de homens e mulheres. Ou seja, atribui a uma essência social como parte da natureza, a construção do masculino e do feminino. Mas é preciso materializar nossa concepção de classe, e a ideologia, a reprodução simbólica, com a existência de uma base material.
Neste sentido, é importante chamar atenção para o fato de que, muitas vezes, o conceito de divisão de gênero do trabalho fica reduzido às estatísticas sobre as diferenças de inserção no mercado de trabalho de homens e mulheres.
Isso não dá conta da complexidade deste conceito, que faz parte de um processo da luta e da organização feminista, e que busca justamente entender como se transforma em desigualdade o trabalho entre homens e mulheres.
A emergência do conceito da divisão sexual do trabalho teve um papel muito importante para questionar o que era a definição clássica de trabalho. As feministas que discutiram a divisão sexual do trabalho estavam no campo do marxismo. Elas problematizaram que o debate de classe não explicava e não dava conta do conjunto da realidade do trabalho. Num primeiro momento, parecia haver uma destinação dos homens ao trabalho chamado produtivo e uma destinação prioritária das mulheres ao trabalho reprodutivo. Mas o que se viu foi muito mais do que isso. As, mulheres, estão simultaneamente nas duas esferas: no trabalho produtivo e no trabalho reprodutivo.
No capitalismo, é considerado produtivo só aquilo que gera troca no mercado, ou seja, aquilo que pode se “mercantilizar”. E aí o trabalho reprodutivo deixa de ser trabalho porque não se troca no mercado.
Ao mesmo tempo, o trabalho mercantil depende do trabalho doméstico e de cuidados, que é feito na casa, realizado pelas mulheres, onde o  machismo é predominante. A abordagem da economia feminista consolidou um enfoque de economia mais amplo, que considera o trabalho de reprodução e outras atividades não monetárias como parte da economia.
Divisão internacional e sexual do trabalho
Um desafio colocado para as mulheres é pensar a nova reconfiguração da divisão internacional e sexual do trabalho e em como uma nova forma da divisão sexual do trabalho estrutura a divisão internacional do trabalho. Por exemplo, em todos os setores “transnacionalizados” que precisam de mão-de-obra intensiva, quem está ali são as mulheres.
O capitalismo se utiliza da mesma forma do trabalho intensivo das mulheres, como foi no final do século XIX, início do século XX, mas agora sobre outras modalidades, como a migração. Em vários países, inclusive na América Latina, as mulheres Paraguaias, Uruguaias, Equatorianas, mais ainda as Bolivianas veem ao nosso país e são submetida ao trabalho degradante, análogo à escravidão nas Indústrias do vestuário que está entre principais envolvidas nos casos de trabalho análogo a escravidão. E, produzem as marcas de confecções vendidas para as grandes redes multinacionais como a C&A, M.Officer e ZARA. E redes locais como a As lojas Marisa, denunciadas em ações fiscais do MTE-Ministério do Trabalho Emprego, MPT-Ministério Público do Trabalho e PF-Policia federal.
Um olhar sobre o conjunto
O conceito de equidade e igualdade. E, de fato, se não pensamos na transformação global da sociedade, no conjunto das relações, muitas vezes o que chamamos de igualdade fica no terreno da equidade ou da equiparação. Por exemplo, em termos de renda, escolaridade, propriedade entre homens e mulheres, quando falamos de igualdade estamos tratando de uma transformação geral de como a sociedade se
organiza e de um questionamento a todas as formas de desigualdade e hierarquia. Isso traz, por exemplo, um outro olhar para a relação reprodução, para o conceito de trabalho, para a dimensão étnico-racial.
A lógica do mercado prevê que as pessoas devem estar o tempo todo disponíveis para o seu trabalho mercantil, enquanto a lógica do cuidado exige acompanhar os ciclos da vida.
Hoje essa sociedade do mercado, no mundo inteiro, se sustenta na utilização do tempo e do trabalho como fontes inesgotáveis e como variáveis de ajuste para manter este modelo funcionando. Em Fortaleza, uma empregada doméstica sai de casa às 6h e volta pra casa às 20h. O que sempre estica é o tempo e o trabalho das mulheres. É visível: em períodos de desemprego na família, as mulheres trabalham mais, fazem um bico, produzem mais bens e serviços dentro de casa, onde exercem a tripla jornada de Trabalho.
Todos esses elementos têm que vir para nossa agenda, até pra gente olhar para uma campanha especifica. Na campanha Igualdade de Oportunidades, por exemplo, o trabalho de cuidados tem que estar posto no debate.
É racional continuar com essas lutas, mas sempre com o objetivo de incidir sobre o maior número possível de mulheres. Ao mesmo tempo, temos que continuar insistindo e colocando no debate essa compreensão do trabalho num sentido mais amplo, não só como assalariadas, mas também a reprodução social, pensando a economia de uma forma ampliada. A economia não está desvinculada do social e do cultural. Temos que repensar nossa sociedade e reconstruir alguns  paradigmas, mexendo nos elementos em geral naturalizados.

E  como você ver a percepção de outros companheiros?

Faltam em boa parte deles, e delas, em especial a elas, acumulo ideológico, conceito e, visão critica, dessa compreensão de gênero e divisão sexual do trabalho.

Domingos Braga Mota
Coordenador de mobilização e ação sindical
Sindicato dos empregados no comercio de Fortaleza
 Secretário nacional de saúde e segurança do trabalhador da CONTRCAS/CUT


Acidentes de Trabalho, somos todos atingidos...

Acidentes de Trabalho, somos todos atingidos...

Mariana MG, acidente ambiental ou acidente de Trabalho ampliado?

Uma tragédia anunciada?

Foi um crime ambiental, com nexo-causal acidente de trabalho ampliado, associado a uma tragédia ambiental nunca vista antes em nosso país e com consequências ainda não assimiladas até agora.

O dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho  surgiu no Canadá por iniciativa do movimento sindical e logo se espalharam por diversos países, organizado por sindicatos, federações, confederações locais e internacionais.
A data foi escolhida em razão de um acidente que matou 78 trabalhadores em uma mina no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, no ano de 1969. A Organização Internacional do Trabalho (OIT), desde 2003, consagra a data à reflexão sobre a segurança e saúde do trabalhador. Desde maio de 2005, o dia 28 foi instituído no Brasil por meio da Lei nº 11.121.
No Brasil as estatísticas oficiais do Ministério da Previdência mostram que entre 2012 e 2014, ocorreram mais de 2 milhões de acidentes do trabalho. Ficaram inválidos 47.910 trabalhadores e 8.392 morreram. No setor extrativo foram contabilizados 21.057 acidentes de trabalho. Esses dados mostram a dimensão da irresponsabilidade do capital na busca incessante de lucro fácil. Negligenciam as normas de proteção à saúde dos trabalhadores e as colocam para o estado, para toda a sociedade e, em especial para o movimento sindical e popular que têm um enorme desafio a ser enfrentados em defesa da vida e dos direitos humanos. Uma vez que defender a vida é defender direitos humanos da classe trabalhadora.
A OIT estima que no mundo ocorra 170 milhões de acidentes e doenças do trabalho por ano, dos quais 2,34 milhões geram mortes. Além de aproximadamente 160 milhões de casos de doenças ocupacionais. Essas ocorrências chegam a comprometer 4% do PIB mundial. Cada acidente ou doença representa, em média, a perda de quatro dias de trabalho. Dos trabalhadores mortos 22 mil são crianças, vítimas do trabalho infantil. Ainda segundo a OIT, todos os dias morrem em média cinco mil trabalhadores devido a acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho.
Queremos denunciar o último acidente de trabalho ampliado, ocorrido no dia 5 de novembro de 2015, um dia que nunca será esquecido, e dedicar nossa solidariedade às vítimas do acidente de trabalho ampliado de Minas Gerais no município de Mariana, na localidade de fundão, na unidade de exploração mineral de Germano. Denunciar este crime ambiental combinado com assassinatos de trabalhadores e vítimas da negligência patronal em busca de lucro fácil.
O crime da Samarco, VALE e BHP Billiton,  empresas que cometeram crimes hediondos contra a vida. Crime que vitimou 18 pessoas, duas eram crianças e 16 trabalhadores, dos quais, 12 eram terceirizados, um empregado da Samarco e três moradores de Bento Rodrigues. Ainda há uma pessoa desaparecida.
A destruição da natureza, já provocou prejuízos calculados em bilhões de dólares, Somente na recuperação ambiental serão necessários 5 bilhões. Além das mortes, muito sofrimento psíquico-social e adoecimento de trabalhadores, crianças, jovens, adultos e de pessoas idosas. Centenas de pessoas perderam seus lares, 10 mil postos de trabalho foram fechados, milhares de agricultores, comerciantes e pescadores estão sem trabalho e mais de um milhão de pessoas foram atingidas por esse acidente do trabalho ampliado. A destruição da bacia do rio doce com mais de 10 milhões de rejeitos da ganancia capitalista já matou toda uma vida rio abaixo até o oceano atlântico.  

Escrito po: Domingos Braga Mota, Secretario de Saúde e Segurança do Trabalho da Contracs/CUT

28/04/2016

Não haveria tristeza
Hoje vendo o mesmo rio
Dá-me aquele desgosto
O que fizeram com ele?
Pergunto já indisposto

Arrasaram suas margens
Restando só o capim
Encheram-no de lixo
E de esgoto até o fim

É ambição e ignorância
Desrespeito com a Criação
Fizeram o que quiseram
Sem prestar bem atenção

Mas ainda resta tempo
De rever o então feito
Reviver o nosso rio
Tornando-o como perfeito

Só basta ter a vontade
Alguma determinação
Sair do velho reclame
E partir para a ação.
Poema de: Benedito Gomes Rodrigues

Saúde coletiva é ameaçada por doenças transmitidas por vetores

Saúde coletiva é ameaçada por doenças transmitidas por vetores


O Dia Mundial da Saúde é celebrado anualmente em 7 de abril. A data celebra também, a criação da Organização Mundial de Saúde (OMS), fundada em 1948, e a cada ano, um tema de saúde pública é escolhido para ser amplamente debatido.

Esta data fornece uma oportunidade para as pessoas de todas as comunidades se organizarem em atividades que podem levar a melhorias das condições de saúde coletiva. E quero abordar aqui, neste espaço, um tema que ameaça a saúde coletiva: os riscos das doenças transmitidas por vetores (mosquitos, moscas e/ou carrapatos).

Desde 2013 estamos passando por um aprofundamento crítico na saúde mundial, no qual, a cada dia uma nova epidemia causada por vetores é anunciada. As doenças são mais comuns em áreas tropicais e locais, onde o acesso à água potável e ao saneamento básico são mais precários.

As arboviroses, doenças virais transmitidas ao homem por picada de mosquito, têm representado um grande desafio à saúde pública. Atualmente, as arboviroses que mais comprometem a saúde humana envolvem a Dengue, a Chikungunya e a Zika, que são transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti.

Sabe-se que as doenças transmitidas por vetores causam sérios problemas de saúde aos indivíduos infectados, suas famílias e comunidades. Isso ocorre especialmente nos países pobres que levam a falta a escola ou ao trabalho, à piora no estado de pobreza, o que impacta negativamente na economia e produtividade, gera altos custos no tratamento e sobrecarrega o sistema de saúde publica.

De todos os problemas de saúde citados acima, a consequência de maior impacto é a microcefalia. A principal suspeita é que a Zika esteja causando microcefalia. Já foram encontrados vírus no líquido amniótico que envolve o bebê durante a gravidez e também no líquido cefalorraquidiano (presente no sistema nervoso central) dos bebês que já nasceram e foram diagnosticados com microcefalia. 

Por isso, a nossa Confederação,em conjunto com os nossos sindicatos de todo o país, está em campanha junto à Secretaria de Meio Ambiente, contra o mosquito no ambiente de trabalho e arredores. A campanha impacta diretamente na saúde dos trabalhadores e reafirma o conceito do sindicato-cidadão, que estende suas preocupações para além da temática trabalhista com foco no bem-estar do trabalhador/a e sua vida, em todos os aspectos.
Agua é vida não é lugar de mosquito!!

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