Jair Bolsonaro nem se preocupa mais em esconder
que é inimigo dos trabalhadores. Em pleno período de alto desemprego, explosão
de informalidade e renda cada vez menor o ex-campeão ataca agora o FGTS dos brasileiros.
Além
disso, outra ideia é reduzir a multa paga em caso de demissão sem justa causa,
de 40% para 20%. Ou seja, além de estar atolado em dívidas e vendo a inflação
corroer seu salário, o trabalhador teria ainda menos proteção ao ser demitido.
É muita desumanidade.
O senador Paulo Paim (PT-RS)
diz que se trata de uma ideia que não pode ser aceita pela sociedade
brasileira. “Inaceitável que o governo queira, mais uma vez, atacar os direitos
dos trabalhadores e das trabalhadoras. Nestes tempos de altas taxas de desemprego e trabalho precário,
querer reduzir as contribuições ao FGTS, de 8% para 2%, bem como reduzir a
multa por demissão sem justa causa, de 40% para 20%, é algo desumano, fora da
realidade”, diz o parlamentar.
“O
que querem? Uma nova reforma trabalhista? Não vamos aceitar. Nenhum direito a
menos. O governo precisa é agir de forma a dar impulso à economia, ao
crescimento e ao desenvolvimento do País, gerando empregos de qualidade e renda
digna para a população”, completa Paim.
A
desculpa que o governo dá, segundo a Folha, para tamanho absurdo é a velha
lorota de que a medida “reduzirá o custo da contratação de trabalhadores, como
também contribuirá com a geração de novos empregos”. Ou seja, o mesmo pretexto
que motivou a fracassada reforma trabalhista, que só cortou direitos, aumentou
a precarização e não gerou os empregos prometidos.
LEIA MAIS: Reforma trabalhista fracassou: nova lei não
gerou empregos
A
desculpa de que é preciso cortar direitos para gerar empregos não cola mais.
Além de os dados já terem desmentido os argumentos usados para aprovar a
reforma trabalhista em 2017, o PT provou que é possível criar milhões de vagas
sem cortar direitos.
Basta, como disse Paim, que o
governo invista e estimule a economia. Nos governos Lula e Dilma, dessa forma foram criados quase 20 milhões de empregos formais,
cerca de 1,5 milhão de vagas com carteira assinada por ano (veja gráfico abaixo).
É por saber que é possível
aumentar o emprego sem cortar direitos que Lula tem defendido a construção de
novas leis trabalhistas no Brasil. A gente quer reconstruir, (criar) uma
relação de trabalho moderna, que leve em conta o mundo do trabalho de hoje, os
avanços tecnológicos. Mas os trabalhadores precisam ser tratados com respeito,
não podem ficar reféns, sem ter nenhuma seguridade social”, defendeu Lula em abril passado.