Quem sou eu

- Blog Sindical
- Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas, pelo contrário, o seu ser social é que determina a sua consciência.” *Kal Marx “os comunistas nunca devem perder de vista a unidade da organização sindical. (Isto porque) a única fonte de força dos escravos assalariados de nossa civilização, oprimidos, subjugados e abatidos pelo trabalho, é a sua união, sua organização e solidariedade” *Lenin
quinta-feira, 12 de maio de 2016
quarta-feira, 11 de maio de 2016
Belchior - Conheço o Meu Lugar
Esta canção de um amigo do Ceará, lá de Sobral, nos remete ao passado que poderá nos retroceder a queles velhos tempos de botas de sangue nas roupas de lorca. Em que não há motivos pra sorrir, Não há motivo para festa: Ora!esta!
O que é que pode fazer o homem comum
Neste presente instante senão sangrar?
Tentar inaugurar
A vida comovida
Inteiramente livre e triunfante?
O que é que eu posso fazer
Com a minha juventude
Quando a máxima saúde hoje
É pretender usar a voz?
O que é que eu posso fazer
Um simples cantador das coisas do porão?
Deus fez os cães da rua pra morder vocês
Que sob a luz da lua
Os tratam como gente - é claro! - aos pontapés
Era uma vez um homem e o seu tempo
Botas de sangue nas roupas de lorca
Olho de frente a cara do presente e sei
Que vou ouvir a mesma história porca
Não há motivo para festa: Ora esta!
Eu não sei rir à toa!
Fique você com a mente positiva
Que eu quero é a voz ativa (ela é que é uma boa!)
Pois sou uma pessoa.
Esta é minha canoa: Eu nela embarco.
Eu sou pessoa!
A palavra "pessoa" hoje não soa bem
Pouco me importa!
Não! Você não me impediu de ser feliz!
Nunca jamais bateu a porta em meu nariz!
Ninguém é gente!
Nordeste é uma ficção! Nordeste nunca houve!
Não! Eu não sou do lugar dos esquecidos!
Não sou da nação dos condenados!
Não sou do sertão dos ofendidos!
Você sabe bem: Conheço o meu lugar!
terça-feira, 3 de maio de 2016
Dilma anuncia correção do IR e aumento em programas sociais
Durante o 1º de Maio da CUT, presidenta apontou que, ao contrário dos golpistas, governo irá ampliar inclusão social
Diante
de 100 mil pessoas que participam do 1º de Maio da CUT, no Vale do Anhangabaú,
em São Paulo, a presidenta Dilma Rousseff anunciou a elevação de recursos para
programas sociais e garantiu que novas conquistas virão se os golpistas não
tomarem o poder.
O
pacote da presidenta inclui o reajuste do programa Bolsa Família que deve
elevar o benefício em 9% e lembrou que a proposta já estava prevista desde
agosto de 2015.
Dilma
anunciou também a correção da tabela do Imposto de Renda para pessoa física em
5%, a partir do ano que vem, uma história reivindicação da CUT, de outras
centrais e movimentos sociais.
A
presidenta também divulgou a contratação de mais 25 mil moradias para o
programa Minha Casa Minha Vida - Entidades, a criação de um conselho nacional
tripartite do trabalho, que incluirá organizações sindicais, e a ampliação da
licença-paternidade, de cinco para 20 dias, aos servidores públicos federais.
“Essa
é uma forma de incentivar os homens a ajudarem as mulheres no cuidado com os
filhos”, disse, a explicar a medida.
Dilma
afirmou ainda que na terça-feira (3) lançará o 3º Plano Safra da Agricultura
Familiar, que garante o financiamento à produção e à aquisição de alimentos.
Quem
julga Dilma?
Com
um “meus queridos e minhas queridas”, a presidenta explicou porque o
impeachment é golpe e tratou de se diferenciar de grande parte dos
parlamentares que julgam seu mandato ao lembrar que não cometeu crime de
responsabilidade.
“Como
eu não tenho conta no exterior, como eu jamais utilizei recurso público em
causa própria, nunca embolsei dinheiro do povo brasileiro, não recebi propina e
nunca fui acusada de corrupção, eles tiveram que inventar um crime. Como estava
muito difícil achar um crime, eles começaram dizendo que eram os seis
decretos”, referindo-se às chamadas pedaladas fiscais, para logo em seguida
lembrar que foram 101, em 2001, no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Segundo
Dilma, o golpe não fere apenas seu mandato, mas atinge a democracia e o próprio
processo eleitoral. “Eles tiram os meus 54 milhões de votos. Mas não é só isso.
Naquela eleição, em 2014, votaram 110 milhões de brasileiros e brasileiras. Não
são apenas os meus votos que eles praticamente roubam. São os votos daqueles
que não votaram em mim, mas que acreditam na democracia e no processo
eleitoral.”
Ao
lembrar a reação dos perdedores das últimas eleições, Dilma destacou que antes
mesmo do impeachment, tentaram levar no tapetão ao pedir (e perder) a
recontagem dos votos, auditoria das urnas e pedir que não fosse empossada sob a
alegação de problemas nas contas da campanha que foram aprovadas pelo TSE
(Tribunal Superior Eleitoral).
Donos
da crise
Dilma
lembrou que, após o PT negar-se a votar contra a cassação do presidente da
Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RS), o governo virou vítima da
política do quanto pior, melhor.
“Não
aprovavam nenhuma das reformas que nós propúnhamos. Não aprovavam os
necessários aumentos de receita para que a gente pudesse continuar impedindo
que a crise se aprofundasse. Apostaram sempre contra o povo brasileiro. São
responsáveis pelo fato de a economia brasileira estar passando por uma grave
crise e são responsáveis pelo aumento do desemprego. O próprio autor do
processo de impeachment, ex-ministro do Fernando Henrique Cardozo, chamou a
fala do Eduardo Cunha de chantagem explícita. É mais do que chantagem, é usar o
seu cargo para garantir impunidade”, criticou.
Trabalhador
é o próximo
A
agenda perdedora das últimas eleições, lembrou Dilma, quer o fim da política de
valorização do salário mínimo, do vínculo das aposentadorias com essas medidas
e a transformação da CLT em letra morta.
“Eles
propõem que o negociado possa viger sobre a lei, que o negociado possa ser
menos que a lei. Nós acreditamos, porém, que o negociado pode prevalecer desde
que ele seja mais do que a lei. Eles querem menos, nós, mais.”
Além
disso, a proposta de Michel Temer (atual vice-presidente e um dos articuladores
do golpe) inclui uma ampla esfera de privatizações.
“Eles
estão falando em reolhar, rever, revisitar o Pronatec, o Minha Casa, Minha
Vida. Nós temos uma situação que os programas sociais são olhados como
responsáveis pelo desequilíbrio do país. É mentira. O desequilíbrio do país é a
necessária reforma tributária.”
Dilma
falou também dos riscos ao programa Bolsa Família: “Quando o programa deles diz
que vai concentrar os projetos sociais sobre os 5% mais pobres da população,
eles estão falando de 10 milhões de pessoas. E sabem quantos milhões recebem o
Bolsa Família hoje? 46 milhões. Ou seja, vão retirar 36 milhões e largá-los ao
mercado”, disse Dilma.
Mesmo
diante dos ataques, a presidenta alertou que não fugirá ao compromisso com a
população e seus eleitores.
“Eu quero dizer para vocês que eu vou resistir e lutar até o
fim. O 1º de Maio é historicamente um dia de luta em defesa dos direitos e a
favor das conquistas sociais e hoje também é dia de defesa da democracia e de
muito mais conquistas. O que querem impor hoje não é o projeto vencedor. Se
quiserem esse projeto, vão às urnas em 2018 e se coloquem sob o crivo do povo
brasileiro.”
3º. Congresso reforça a sua CSA condução mais democracia, mais direitos para mais e melhores empregos
3º. Congresso reforça a sua CSA condução mais democracia, mais direitos para mais e melhores empregos.
Com a intervenção do Presidente Hassan Yussuff reeleito e aclamação da / os Congresso, foi fechado no terceiro. Congresso CSA, em São Paulo, em 29 de abril. Hassan Yussuff, presidente CLC do Canadá, agradeceu aos sindicatos das Américas pela confiança depositada nele e no resto da Secretaria, para liderar os destinos da CSA para os próximos 4 anos.
Pouco antes de o director-geral da OIT, Guy Ryder,
ele tinha feito o seu discurso, reconhecendo o processo de consolidação
importante realizado pela CSA durante os últimos 8 anos, o que permite que ele
seja um dos mais importantes organizações sindicais regionais. Recordando dois líderes sindicais proeminentes das Américas,
Samuel Gompers, EUA, e José Pepe D'Elia, do Uruguai, como valores de referência
do sindicalismo, Ryder afirmou que "a OIT continuará a trabalhar com o CSA
para fortalecimento do sindicalismo das Américas ".

Foi apresentado o relatório final da Comissão de
Credenciais. No total, foram 291 delegados
registrados do 55 central nacional creditado no 3º. Congresso, sendo 155 mulheres (51,55%) e 141 homens (48,45%), com
a participação de 48 jovens, representando 16,49% do / Delegada as / os. No total, o terceiro. Congresso reuniu 560
participantes, incluindo delegados / os, Observer / s, convidado / os, imprensa
e outros.
Da mesma forma, o Comité Eleitoral apresentou o seu
relatório sobre os resultados do processo de escolha do Secretariado Executivo,
Diretoria Executiva e Conselho Fiscal. Com O processo foi conduzido
normalmente, garantindo uma votação secreta de organizações e com os auditores
externos, que certificaram a arrumação do processo. Foi apresentada uma lista, encabeçada por Hassan Yussuff e Victor
Baez.
Cinquenta e cinco (55) os sindicatos foram
credenciados para participar do Congresso, representando 30,092,363
trabalhadores / as contribuidores para o CSA. Quarenta e cinco (45) plantas
foram qualificados para votar no processo eleitoral, representando 26,180,259
trabalhadores / as, o equivalente a 87% do total. Dez (10) plantas foram criadas para não votar no processo
eleitoral, representando 3,912,104 trabalhadores / as, o equivalente a 13% do
total. Um (1) central abstiveram-se, o que representa
2.507 trabalhadores / como, equivalente a 0,01% do total. Dois (2) Central votaram em branco, representando 95.000
trabalhadores / equivalente a 0,4% do ace total. Dois (2) Central votaram não, o que representa 636.000
trabalhadores / as, o equivalente a 2,4% do total. Quarenta (40) central, votou a favor de Hassan-Victor List,
representando 25,446,752 trabalhadores / as, o equivalente a 84,5 %% do total,
sendo declarado o vencedor.
Em sessões específicas de sua Comissão Delegada das
Mulheres Trabalhadoras das Américas (CMTA) elegeu como seu presidente Eulogio
Família, CNUS República Dominicana e vice-presidente para Regina Pessoti, UGT
Brasil. Enquanto isso, o Delegados / os
/ os Jovens de trabalho do Comité da Juventude das Américas (CJTA), eleitos
como presidente para o período - 2016-2018 - Viviana Osorio, corte Colômbia, e
para o período - 2018-2020 - para Edjane Rodrigues, CUT Brasil. Vice-presidências para CJTA Matias Zalduendo,
CTA-Trabalhadores-Argentina - 2016-2018 - e Jordan Urena, CNTD República
Dominicana, 2018-2020. De acordo com o Estatuto do
CSA, o presidente e vice-presidente da CMTA eo presidente da CJTA fazem parte
do Conselho Executivo.
O novo Secretariado Executivo foi composta por:
Presidente Hassan Yussuff (Canadá), Vice-Presidente , Altagracia Jimenez (República Dominicana) Vice-Presidente , Toni Moore (Barbados) Secretário-Geral , Victor Baez Mosqueira (Paraguai) Secretário de
Política Econômica e Desenvolvimento Sustentável , Rafael Freire Neto (Brasil) Secretário A política
da União e da Educação , Amanda Villatoro Claribel (El
Salvador)Secretário da política social , Laerte Teixeira da Costa (Brasil)
O novo Secretariado Executivo assumiu o cargo com o
compromisso de trabalhar ainda mais em linhas estratégicas definidas pelo
Congresso e pelo fortalecimento e unidade interna do CSA
domingo, 1 de maio de 2016
sexta-feira, 29 de abril de 2016
Uma verdadeira rebelião de deputadas e deputados
Uma verdadeira rebelião de deputadas Socialistas e feministas, enfrenta o gangster Eduardo Cunha.

Uma verdadeira rebelião de deputados e deputadas, principalmente por parte das parlamentares, levou à suspensão da sessão plenária desta quarta-feira 27), com muitos protestos contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A confusão teve início quando Cunha não acatou pedidos de verificação nominal de um projeto de resolução e declarou rejeitado o requerimento de retirada de pauta da matéria. A proposição cria comissões permanentes, reunindo no colegiado destinado às mulheres outras categorias sem relação direta com o propósito original. Diante da postura de Cunha, que não deu ouvidos aos apelos das deputadas, um grupo de parlamentares ocupou a Mesa Diretora e as duas tribunas diametralmente opostas do plenário. Dessa maneira, impediu-se que o deputado João Campos (PSDB-GO), aliado de Cunha, pudesse usar um dos microfones e dar continuidade à sessão – o peemedebista se mantinha decidido a manter aprovação da matéria...
quinta-feira, 28 de abril de 2016
Qual a tua concepção sobre as relações sociais de gênero na categoria?
Qual a tua concepção sobre as relações sociais de gênero na categoria?

Uma das principais justificativas ideológicas para
a divisão sexual do trabalho é a naturalização da desigualdade, que empurra
para as relações sociais as práticas de homens e mulheres. Ou seja, atribui a
uma essência social como parte da natureza, a construção do masculino e do
feminino. Mas é preciso materializar nossa concepção de classe, e a ideologia,
a reprodução simbólica, com a existência de uma base material.
Neste sentido, é importante chamar atenção para o
fato de que, muitas vezes, o conceito de divisão de gênero do trabalho fica
reduzido às estatísticas sobre as diferenças de inserção no mercado de trabalho
de homens e mulheres.
Isso não dá conta da complexidade deste conceito,
que faz parte de um processo da luta e da organização feminista, e que busca
justamente entender como se transforma em desigualdade o trabalho entre homens
e mulheres.
A emergência do conceito da divisão sexual do
trabalho teve um papel muito importante para questionar o que era a definição
clássica de trabalho. As feministas que discutiram a divisão sexual do trabalho
estavam no campo do marxismo. Elas problematizaram que o debate de classe não
explicava e não dava conta do conjunto da realidade do trabalho. Num primeiro
momento, parecia haver uma destinação dos homens ao trabalho chamado produtivo
e uma destinação prioritária das mulheres ao trabalho reprodutivo. Mas o que se
viu foi muito mais do que isso. As, mulheres, estão simultaneamente nas duas
esferas: no trabalho produtivo e no trabalho reprodutivo.
No capitalismo, é considerado produtivo só aquilo
que gera troca no mercado, ou seja, aquilo que pode se “mercantilizar”. E aí o
trabalho reprodutivo deixa de ser trabalho porque não se troca no mercado.
Ao mesmo tempo, o trabalho mercantil depende do
trabalho doméstico e de cuidados, que é feito na casa, realizado pelas mulheres,
onde o machismo é predominante. A
abordagem da economia feminista consolidou um enfoque de economia mais amplo,
que considera o trabalho de reprodução e outras atividades não monetárias como
parte da economia.
Divisão internacional e sexual do trabalho
Um desafio colocado para as mulheres é pensar a
nova reconfiguração da divisão internacional e sexual do trabalho e em como uma
nova forma da divisão sexual do trabalho estrutura a divisão internacional do
trabalho. Por exemplo, em todos os setores “transnacionalizados” que precisam
de mão-de-obra intensiva, quem está ali são as mulheres.
O
capitalismo se utiliza da mesma forma do trabalho intensivo das mulheres, como
foi no final do século XIX, início do século XX, mas agora sobre outras
modalidades, como a migração. Em vários países, inclusive na América Latina, as
mulheres Paraguaias, Uruguaias, Equatorianas, mais ainda as Bolivianas veem ao
nosso país e são submetida ao trabalho degradante, análogo à escravidão nas
Indústrias do vestuário que está entre principais envolvidas nos casos de
trabalho análogo a escravidão. E, produzem as marcas de confecções vendidas
para as grandes redes multinacionais como a C&A, M.Officer e ZARA. E redes locais como a
As lojas Marisa, denunciadas em ações fiscais do MTE-Ministério do Trabalho
Emprego, MPT-Ministério Público do Trabalho e PF-Policia federal.
Um olhar sobre o conjunto
O conceito de equidade e igualdade. E, de fato, se
não pensamos na transformação global da sociedade, no conjunto das relações,
muitas vezes o que chamamos de igualdade fica no terreno da equidade ou da
equiparação. Por exemplo, em termos de renda, escolaridade, propriedade entre
homens e mulheres, quando falamos de igualdade estamos tratando de uma
transformação geral de como a sociedade se
organiza e de um questionamento a todas as formas de desigualdade e hierarquia. Isso traz, por exemplo, um outro olhar para a relação reprodução, para o conceito de trabalho, para a dimensão étnico-racial.
organiza e de um questionamento a todas as formas de desigualdade e hierarquia. Isso traz, por exemplo, um outro olhar para a relação reprodução, para o conceito de trabalho, para a dimensão étnico-racial.
A lógica do mercado prevê que as pessoas devem
estar o tempo todo disponíveis para o seu trabalho mercantil, enquanto a lógica
do cuidado exige acompanhar os ciclos da vida.
Hoje essa sociedade do mercado, no mundo inteiro,
se sustenta na utilização do tempo e do trabalho como fontes inesgotáveis e
como variáveis de ajuste para manter este modelo funcionando. Em Fortaleza, uma
empregada doméstica sai de casa às 6h e volta pra casa às 20h. O que sempre
estica é o tempo e o trabalho das mulheres. É visível: em períodos de
desemprego na família, as mulheres trabalham mais, fazem um bico, produzem mais
bens e serviços dentro de casa, onde exercem a tripla jornada de Trabalho.
Todos esses elementos têm que vir para nossa
agenda, até pra gente olhar para uma campanha especifica. Na campanha Igualdade
de Oportunidades, por exemplo, o trabalho de cuidados tem que estar posto no debate.
É racional continuar com essas lutas, mas sempre
com o objetivo de incidir sobre o maior número possível de mulheres. Ao mesmo
tempo, temos que continuar insistindo e colocando no debate essa compreensão do
trabalho num sentido mais amplo, não só como assalariadas, mas também a
reprodução social, pensando a economia de uma forma ampliada. A economia não
está desvinculada do social e do cultural. Temos que repensar nossa sociedade e
reconstruir alguns paradigmas, mexendo nos
elementos em geral naturalizados.
E como você ver a percepção de outros companheiros?
Domingos Braga Mota
Coordenador de
mobilização e ação sindical
Sindicato dos
empregados no comercio de Fortaleza
Secretário nacional de saúde e segurança do
trabalhador da CONTRCAS/CUT
Acidentes de Trabalho, somos todos atingidos...
Acidentes de Trabalho, somos todos atingidos...
Mariana MG, acidente ambiental ou acidente de Trabalho ampliado?
Uma tragédia anunciada?
Foi um crime ambiental, com nexo-causal acidente de trabalho ampliado, associado a
uma tragédia ambiental nunca vista antes em nosso país e com consequências
ainda não assimiladas até agora.
O dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes
de Trabalho surgiu no Canadá por iniciativa do movimento sindical e logo
se espalharam por diversos países, organizado por sindicatos, federações,
confederações locais e internacionais.
A data foi escolhida em razão de um acidente que
matou 78 trabalhadores em uma mina no estado da Virgínia, nos Estados Unidos,
no ano de 1969. A Organização Internacional do Trabalho (OIT), desde 2003,
consagra a data à reflexão sobre a segurança e saúde do trabalhador. Desde
maio de 2005, o dia 28 foi instituído no Brasil por meio da Lei nº 11.121.
No Brasil as estatísticas oficiais do Ministério da
Previdência mostram que entre 2012 e 2014, ocorreram mais de 2 milhões de
acidentes do trabalho. Ficaram inválidos 47.910 trabalhadores e 8.392 morreram.
No setor extrativo foram contabilizados 21.057 acidentes de trabalho. Esses
dados mostram a dimensão da irresponsabilidade do capital na busca incessante
de lucro fácil. Negligenciam as normas de proteção à saúde dos trabalhadores e
as colocam para o estado, para toda a sociedade e, em especial para o movimento
sindical e popular que têm um enorme desafio a ser enfrentados em defesa da
vida e dos direitos humanos. Uma vez que defender a vida é defender direitos
humanos da classe trabalhadora.

Queremos denunciar o último acidente de trabalho
ampliado, ocorrido no dia 5 de novembro de 2015, um dia que nunca será
esquecido, e dedicar nossa solidariedade às vítimas do acidente de trabalho
ampliado de Minas Gerais no município de Mariana, na localidade de fundão, na
unidade de exploração mineral de Germano. Denunciar este crime ambiental
combinado com assassinatos de trabalhadores e vítimas da negligência patronal
em busca de lucro fácil.
O crime da Samarco, VALE e BHP Billiton,
empresas que cometeram crimes hediondos contra a vida. Crime que vitimou
18 pessoas, duas eram crianças e 16 trabalhadores, dos quais, 12 eram
terceirizados, um empregado da Samarco e três moradores de Bento Rodrigues.
Ainda há uma pessoa desaparecida.
A destruição da natureza, já provocou prejuízos
calculados em bilhões de dólares, Somente na recuperação ambiental serão
necessários 5 bilhões. Além das mortes, muito sofrimento psíquico-social e
adoecimento de trabalhadores, crianças, jovens, adultos e de pessoas idosas.
Centenas de pessoas perderam seus lares, 10 mil postos de trabalho foram
fechados, milhares de agricultores, comerciantes e pescadores estão sem
trabalho e mais de um milhão de pessoas foram atingidas por esse acidente do
trabalho ampliado. A destruição da bacia do rio doce com mais de 10 milhões de
rejeitos da ganancia capitalista já matou toda uma vida rio abaixo até o oceano
atlântico.
Escrito po: Domingos Braga Mota, Secretario de Saúde e Segurança do Trabalho da Contracs/CUT
28/04/2016
Não haveria tristeza
Hoje
vendo o mesmo rio
Dá-me aquele desgosto
O que fizeram com ele?
Pergunto já indisposto
Arrasaram suas margens
Restando só o capim
Encheram-no de lixo
E de esgoto até o fim
É ambição e ignorância
Desrespeito com a Criação
Fizeram o que quiseram
Sem prestar bem atenção
Mas ainda resta tempo
De rever o então feito
Reviver o nosso rio
Tornando-o como perfeito
Só basta ter a vontade
Alguma determinação
Sair do velho reclame
E partir para a ação.
Dá-me aquele desgosto
O que fizeram com ele?
Pergunto já indisposto
Arrasaram suas margens
Restando só o capim
Encheram-no de lixo
E de esgoto até o fim
É ambição e ignorância
Desrespeito com a Criação
Fizeram o que quiseram
Sem prestar bem atenção
Mas ainda resta tempo
De rever o então feito
Reviver o nosso rio
Tornando-o como perfeito
Só basta ter a vontade
Alguma determinação
Sair do velho reclame
E partir para a ação.
Poema de: Benedito
Gomes Rodrigues
Saúde coletiva é ameaçada por doenças transmitidas por vetores
Saúde coletiva é ameaçada por doenças transmitidas por vetores
O Dia Mundial da Saúde é celebrado anualmente em 7 de abril. A
data celebra também, a criação da Organização Mundial de Saúde (OMS), fundada
em 1948, e a cada ano, um tema de saúde pública é escolhido para ser amplamente
debatido.
Esta data fornece uma oportunidade para as pessoas de todas as
comunidades se organizarem em atividades que podem levar a melhorias das
condições de saúde coletiva. E quero abordar aqui, neste espaço, um tema que
ameaça a saúde coletiva: os riscos das doenças transmitidas por vetores
(mosquitos, moscas e/ou carrapatos).
Desde 2013 estamos passando por um aprofundamento crítico na saúde
mundial, no qual, a cada dia uma nova epidemia causada por vetores é anunciada.
As doenças são mais comuns em áreas tropicais e locais, onde o acesso à água
potável e ao saneamento básico são mais precários.
As arboviroses, doenças virais transmitidas ao homem por picada de
mosquito, têm representado um grande desafio à saúde pública. Atualmente, as
arboviroses que mais comprometem a saúde humana envolvem a Dengue,
a Chikungunya e
a Zika, que
são transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti.
Sabe-se que as doenças transmitidas por vetores causam sérios
problemas de saúde aos indivíduos infectados, suas famílias e comunidades. Isso
ocorre especialmente nos países pobres que levam a falta a escola ou ao
trabalho, à piora no estado de pobreza, o que impacta negativamente na economia
e produtividade, gera altos custos no tratamento e sobrecarrega o sistema de
saúde publica.

Por isso, a nossa Confederação,em conjunto com os nossos
sindicatos de todo o país, está em campanha junto à Secretaria de Meio
Ambiente, contra o mosquito no ambiente de trabalho e arredores. A campanha
impacta diretamente na saúde dos trabalhadores e reafirma o conceito do
sindicato-cidadão, que estende suas preocupações para além da temática
trabalhista com foco no bem-estar do trabalhador/a e sua vida, em todos os
aspectos.
Agua é vida não é lugar de mosquito!!
segunda-feira, 25 de abril de 2016
Advocacia Garcez - Direito do Trabalho e Sindical: Impeachment é Golpe?
Advocacia Garcez - Direito do Trabalho e Sindical: Impeachment é Golpe?: O impeachment está previsto na Constituição Federal de 1988? Sim, está. E o Supremo Tribunal Federal (STF) já não deci...
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