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Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas, pelo contrário, o seu ser social é que determina a sua consciência.” *Kal Marx “os comunistas nunca devem perder de vista a unidade da organização sindical. (Isto porque) a única fonte de força dos escravos assalariados de nossa civilização, oprimidos, subjugados e abatidos pelo trabalho, é a sua união, sua organização e solidariedade” *Lenin

segunda-feira, 6 de abril de 2020

O CAPITALISMO BRASILEIRO FICOU NU


NUDEZ

O CAPITALISMO BRASILEIRO FICOU NU


Em muitas cidades houve carreatas repetindo a homicida exortação de que o Brasil não pode parar.

Os burgueses, protegidos dentro dos carrõs 
s, exigem que seus empregados voltem a trabalhar para gerar riqueza.
Bingo! Epifania! Revelação!

O que gera riqueza não é o capital, é o trabalho.
A burguesia, enfim, percebeu que o capital imobilizado em máquinas, equipamentos estoques e sistemas de computador não gera riqueza.

Sem o trabalho dos empregados, o capital é inútil.
Tanto quanto os capitalistas, essa classe parasitaria que – sem nada produzir – vive da exploração dos trabalhadores. 
Só há riqueza porque houve exploração do trabalho de alguém. O que gera o acúmulo de capital (riqueza) é a parcela não paga sobre o trabalho humano. Essa parte não renumerado do trabalho dos empregados (mais-valia) é acumulada pelos empregadores (patrões) sob a forma de capital (riqueza dinheiro).

Os que desfilaram buzinando fizeram verdadeiro strip-tease ideológico. Descortinaram para todos como funciona o capitalismo. Exigiram que os governos assegurem e garantam o que entendem ser seu direito, o direito a explorar, o direito a ficar com a mais-valia produzida por seus empregados.

Morrerão milhares de pessoas? Certamente sim! Mas isso está dentro das regras de um jogo chamado capitalismo. Existe um exército de reserva a ser mobilizado para ocupar as vagas dos que feneceram. O que não admitem – “vampiros” – é que seus lucros e capital sejam comprometidos por decisões estatais que imponham o isolamento social.

Entendem ter o direito de sugar até a última gota de sangue dos trabalhadores, antes que morram ou se tornem inúteis para a exploração. Para a parcela da burguesia, que nelas buzinou histericamente ou que apoiou as carreatas, os trabalhadores são descartáveis, substituíveis, como peça de uma diabólica máquina de moer pessoas, para gerar excedentes financeiros a quem os explora.

O Brasil não pode parar, assim, constitui-se em eufemismo para a exploração do trabalho humano, prestado sob subordinação que não poderia ser interrompida.

O capitalismo brasileiro está nu. Uma feia, obscena depravada nudez.

Necrófilos buzinaram, perversos, exitados – e não foram poucos – em defesa de seus privilégios, de seus interesses de classe. São classes exploradora em si e para si. Desnudaram-se deixaram à mostra, impúdicos, suas obesidades, reais metafóricas, em defesa do direito à explorar o trabalho alheio.

Pretendem que os trabalhadores se apinhem nos insalubres transportes coletivos, contaminando-se para produzir os excedentes, que engordará ainda mias o capitalismo brasileiro.
Os flácidos organizadores das carreatas orientam os participantes a não saírem de seus veículos.  Não são bestas. Temiam a contaminação.

Mas não se importam se seus empregados se expuserem.  O nome do jogo é capitalismo. Focou evidente, com as carreatas, o desejo dos proprietários dos meios de produção e da quase-classe que sem deles ser proprietária (a Classe média), apoia o sistema de exploração vigente.
Esperemos que a classe trabalhadora, estarrecida com a nua desfaçatez dos exploradores tome consciência do poder que óbvio tem, durante e, principalmente, depois de controlado a pandemia.

Caucaia abril/2020.

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