O Sindicato dos Comerciários de Fortaleza, através do seu Coletivo de Mulheres, se solidariza com companheiros, amigos e familiares da vereadora do Rio Janeiro pelo PSOL, Marielle Franco, brutalmente assassinada na noite desta quarta-feira, 14/3.
Marielle era reconhecidamente uma ativista dos direitos humanos, em especial da população mais pobre, das favelas, movimento negro, além de defensora dos direitos das mulheres e minorias. Ela foi assassinada a tiros, juntamente com seu motorista, quando voltava de um evento chamado “Jovens Negras Movendo as Estruturas”. Não houve sinais de assalto e as suspeitas são de que eles foram executados.
Muito nos entristece essa notícia, pois em pleno mês de março, mundialmente conhecido como o mês da defesa e valorização dos direitos das mulheres, que uma ativista tão atuante seja brutalmente assassinada dessa maneira. Entretanto, o Coletivo de Mulheres Comerciárias considera que a luta pelos direitos humanos e das mulheres não pode cessar diante desta tragédia, que encontra semelhanças infelizes em cada comunidade pobre e periférica do Brasil.
Que o exemplo de luta de Marielle continue a inspirar a todos(as) aqueles e aquelas que lutam por justiça social, direitos humanos e em defesa das minorias.
Companheira Marielle Franco, Presente!
| |
Fonte: Sindcomerciários |
Quem sou eu

- Blog Sindical
- Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas, pelo contrário, o seu ser social é que determina a sua consciência.” *Kal Marx “os comunistas nunca devem perder de vista a unidade da organização sindical. (Isto porque) a única fonte de força dos escravos assalariados de nossa civilização, oprimidos, subjugados e abatidos pelo trabalho, é a sua união, sua organização e solidariedade” *Lenin
quinta-feira, 15 de março de 2018
SOLIDARIEDADE Nota de Pesar pelo assassinato da vereadora Marielle Franco
terça-feira, 6 de fevereiro de 2018
Lula lidera disparado #EleiçãoSemLulaÉFraude
Quem julga é o povo. Se não tiver tapetão e democracia brasileira for respeitada, Lula ganha eleições para presidente este ano. Ele é o preferido por 37% dos brasileiros, segundo Datafolha.
Apesar de todos os ataques e
perseguições da mídia e parte do Poder Judiciário nos últimos anos, Lula
continua imbatível e lidera o primeiro turno das eleições para presidente da
República deste ano em todos os cenários em que seu nome é colocado.
Pesquisa Datafolha divulgada nesta
quarta-feira (31) mostra que os percentuais de intenção de voto em Lula variam
de 34% a 37% no primeiro turno e que ganharia de todos os adversários por ampla
margem no segundo turno.
E se a crise democrática for
confirmada e a Justiça tirar Lula do páreo, o nome indicado pelo ex-presidente
também fica a frente dos demais - 27% dos eleitores afirmam que votariam com
certeza em um nome indicado por Lula; e 17% afirmam que talvez votem.
Crise democrática
O diretor do instituto Datafolha,
Mauro Paulino, analisando a possibilidade de Lula ser retirado da disputa diz
que “a possível inelegibilidade do ex-presidente aprofunda a crise de
representação no cenário político e lança ainda mais incertezas sobre o pleito
deste ano e seus desdobramentos”.
Isso, diz ele, “aprofundaria a crise
democrática”.
Se Lula for proibido pela Justiça de
disputar a eleições este ano os votos brancos e nulos ganham a disputa. A
taxa de brasileiros que pretendem votar em branco ou anular o voto cresce mais
de dez pontos percentuais e passa a ser a resposta da maior parte dos
brasileiros - alcança 32% do total dos eleitores, se não puderem votar em Lula.
Bolsonaro perderia para os brancos e nulos, com 20%.
A pesquisa foi realizada entre os
dias 29 e 30 de janeiro, após a condenação em segunda instância do
ex-presidente Lula no julgamento que ficará marcado pela rapidez,
imparcialidade e falta de provas que expôs a politização da Justiça brasileira,
em especial a 8ª Turma do TRF-4 que não só confirmou como ampliou a pena
injusta imposta pelo juiz Sérgio Moro, de Curitiba.
terça-feira, 21 de novembro de 2017
SP: Marcha da Consciência Negra reforça luta contra o golpe e o racismo
Passeata também enfrentou ação de boicote de Dória na Avenida Paulista.
Organizações do movimento negro enfrentaram a típica garoa paulistana e a truculência do prefeito João Dória (PSDB) para tomar as ruas da capital na 14ª Marcha da Consciência Negra nesta segunda-feira (20).
Minutos antes de os manifestantes partirem do vão livre do Masp, Doria tentou
impedir a saída do carro de som, mas fracassou. A caminhada seguiu até o Teatro
Municipal e, mesmo sob ameaça de multa, os movimentos empunharam a bandeira da
luta contra o racismo, o genocídio e por um projeto político para o povo preto,
temas da mobilização deste ano.
Passado o momento de tensão, o dia foi marcado por celebração com atividades culturais, batucadas, rodas de capoeira e poesia de um povo que segue resistindo contra o avanço do racismo e da discriminação.
Passado o momento de tensão, o dia foi marcado por celebração com atividades culturais, batucadas, rodas de capoeira e poesia de um povo que segue resistindo contra o avanço do racismo e da discriminação.
Segundo a organização, a marcha reuniu 15 mil pessoas que lembraram o impacto do golpe sobre a população negra, a maior prejudicada por reformas, como a trabalhista, que retiram direitos básicos e que estão na pauta do governo golpista de Michel Temer (PMDB) e aliados do PSDB.
Para a secretária de Combate ao Racismo da CUT-SP, Rosana Aparecida da
Silva, as mudanças propostas por Temer, rejeitado por 97% da população, é um
desastre especialmente para quem mais precisa do Estado.
“Sabemos que as reformas feitas, como a trabalhista, e o congelamento
dos investimentos públicos irão nos afetar diretamente, já que a população
negra é a quem tem menores salários. Para as mulheres negras e os jovens que
estão no topo desta desigualdade, isso é trágico. É uma situação que se agrava
ainda mais com a falta de investimentos em políticas públicas.”
Diante deste cenário de retrocessos, o professor de História, representante da Uneafro Brasil e colunista do portal da Carta Capital, Douglas Belchior, avaliou que o genocídio dos negros também tende a se aprofundar na medida em que aumentam a crise social e a pobreza.
Diante deste cenário de retrocessos, o professor de História, representante da Uneafro Brasil e colunista do portal da Carta Capital, Douglas Belchior, avaliou que o genocídio dos negros também tende a se aprofundar na medida em que aumentam a crise social e a pobreza.
“O racismo é um instrumento de dominação do povo brasileiro por parte
das elites históricas, escravocratas e racistas. E, à medida que aumentam as
crises social e econômica, em que aumenta a pobreza, o racismo é o grande signo
de atuação e justificativa para repressão desse povo. Ela serve à repressão que
precisa dar conta de controlar as massas empobrecidas.”
Para Rosana, o caminho é a unidade e a mobilização nos locais de
trabalho e nas ruas. “Marchar é resistir ao racismo estrutural e estruturante
no Brasil”, ressaltou a dirigente.
Fundador do Movimento Negro Unificado (MNU), em julho de 1979, Milton Barbosa lembrou que mesmo diante das derrotas e dos retrocessos é preciso reconhecer que nos últimos anos de governos progressistas, avanços ocorreram no Brasil em programas de ação afirmativa, como as cotas raciais. E explicou que a luta contra o racismo é internacional.
Fundador do Movimento Negro Unificado (MNU), em julho de 1979, Milton Barbosa lembrou que mesmo diante das derrotas e dos retrocessos é preciso reconhecer que nos últimos anos de governos progressistas, avanços ocorreram no Brasil em programas de ação afirmativa, como as cotas raciais. E explicou que a luta contra o racismo é internacional.
“Todos os países que foram estruturados na escravidão e no colonialismo
têm o racismo na base de sua sociedade e isso precisa ser combatido. Esse papo
de cordialidade no Brasil, não é verdade. É um racismo violento que vivemos,
que mata jovens negros todos os dias nas periferias.
Ao lado do filho Nicholas, a dirigente do Sindicato dos Bancários e
Financiários de São Paulo, Osasco e região, Ana Marta Lima, destacou que
marchas como a da Consciência Negra representam uma experiência de
conscientização política. “Continuamos na luta mesmo diante do ódio e do
racismo que aumentam no Brasil."
Além da marcha na capital, outras ações ocorreram nas cidades de
Campinas, Presidente Prudente e Guarulhos.
Como milhares de outras brasileiras, a psicóloga Cátia Cristina
Cripriano, 46 anos, já sentiu na pele a discriminação racial e conta que,
apesar de parecer velada em algumas situações, fez parte do seu cotidiano de
mulher negra.
Só que por conta de um racismo disfarçado, Cátia explica que só tomou
consciência disso no movimento negro.
“Fui percebendo o racismo velado, entendendo porque não conseguia
alcançar algumas coisas como eu gostaria por conta de uma autoestima baixa.
Compreendi que minha autoestima foi destruída desde que eu era criança, o que
me fez trabalhar isso em mim desde então”, afirma ela, que se formou em
Psicologia aos 40 anos e hoje é aluna da especialização em Direitos Humanos da
Universidade Federal do ABC.
A violência vivida por Cátia e outras tantas ainda desconhecidas podem
ser explicadas a partir da compreensão do que foram os 380 anos de escravidão
que influenciam, até os dias de hoje, a sociedade brasileira, avalia o
professor Thiago Rubens da Silva, que leciona História do Brasil a estudantes
da região da Brasilândia, zona norte de São Paulo, e coordena cursos
comunitários pré-vestibulares.
“Hoje é um dia de luta, de protestos contra o governo ilegítimo de
Temer (PMDB) e o governo de Geraldo Alckmin (PSDB). Inclusive temos denunciado
em organismos internacionais o genocídio que acontece nas periferias do
estado.”
Também foram realizadas marchas em diversas cidades do interior
paulista, Na foto, Campinas.
Assista como foi a manifestação em São Paulo:
MST promove jornada de luta contra ameaças de despejos em 20 áreas no Sul e Sudeste do Pará
As famílias sem terra ocuparam rodovias em diversos municípios nesta terça-feira (21/11) e protestaram contra a Vale
O Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST) deslanchou nesta terça-feira (21) uma nova jornada de
luta e resistência contra os 20 despejos já anunciados em áreas de ocupação nas
regiões sul e sudeste do Pará e que devem ocorrer até o final de dezembro,
segundo determinação do Judiciário paraense. Houve o trancamento por algumas
horas de rodovias importantes nos municípios de Marabá e Canãa dos Carajás. Os
sem terra também se juntaram a entidades sindicais e sociais para protestar em
frente à sede da Vale S/A, em Parauapebas.
Em Marabá, as famílias dos
acampamentos Dalcidio Jurandir e Hugo Chávez ocuparam a BR 155, que corta
vários municípios do Sudeste paraense, próximo ao acampamento Helenira Resende.
Os três acampamentos estão na lista das áreas que sofrerão despejos.
Em outro ponto, durante a
madrugada, cerca de 500 sindicalistas e sem-terra ocuparam a rodovia que dá
acesso ao maior projeto mineral do mundo, o projeto Ferro Carajás S11D, da
Vale, localizado no município de Canaã dos Carajás. Os manifestantes
reivindicam que a empresa retire todas as liminares de despejo que hoje ameaçam
centenas de famílias.
No final da manhã, os trechos
ocupados foram liberados, mas os agricultores permanecerão acampados nas
margens das rodovias. Segundo Ulisses Manaçás, liderança nacional do MST, a
intenção é manter os protestos por três dias.
As ações de despejo devem
atingir nove mil pessoas que vivem nas 20 áreas de ocupações há quase 10 anos e
já estão com suas vidas consolidadas e produzindo. As áreas também já estão
dotadas de infraestrutura, como energia elétrica e escolas.
As liminares foram expedidas
pela Vara Agrária de Marabá e pelo Tribunal de Justiça do Estado. A operação
atende aos pedidos dos fazendeiros que exigem do Governo do Estado e do
Judiciário o cumprimento dos despejos.
Em frente à sede da Vale S/A,
em Parauapebas, o MST se somou ao ato cívico e cultural que tinha como
objetivo, além de denunciar os crimes do latifúndio e da mineradora na região,
também mostrar que o movimento popular e sindical está atento às futuras votações
no Congresso Nacional das medidas provisórias que mudam as regras do setor da
mineração e prejudicam a população local: a MP 789/17 (trata sobre e
altera as legislações relativas à Compensação Financeira pela Exploração de
Recursos Minerais, os royalties); a MP 790/17 (altera o código de mineração e
outras legislações relativas a gestão mineral); e a MP 791/17, que cria a
Agência Nacional de Mineração (ANM), em substituição ao atual Departamento
Nacional de Produção Mineral (DNPM).
Coordenação das Comunidades Quilombolas repudia postura racista do Estado brasileiro
Representantes denunciam que governo Temer trata com descaso negociações com quilombolas.
A Coordenação Nacional de Articulação
das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), divulgou nota nesta,
sexta-feira (17), protestando contra as ações do governo ilegítimo Michel Temer
e o grave desmonte das políticas públicas dirigidas aos quilombolas. A entidade
denunciou o descaso e o descompromisso do governo federal, que esvaziou uma
reunião, no último dia 13/11, que havia sido intermediada pela Comissão de
Direitos Humanos da OEA. Leia a seguir a íntegra da nota.
Nota pública em repúdio à postura
racista do Estado brasileiro.
Em 13/11/17,
foi realizada, na sede da Fundação Cultural Palmares, em Brasília, reunião
intermediada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da
Organização dos Estados Americanos (OEA) para debater a morosidade das
titulações dos territórios quilombolas no Brasil, bem como a violência e
impunidade a que estão sujeitas as lideranças quilombolas que lutam por
direitos, especialmente pelo direito à terra.
A reunião
enquanto desdobramento da audiência temática realizada na 165ª sessão de
audiência da CIDH, ocorrida no Uruguai, no dia 23 de outubro de 2017 (que não
contou com representantes do Estado), contou com a presença do Comissionado da
CIDH, James Cavallaro, e de Darci Frigo, presidente do Conselho Nacional de
Direitos Humanos. Esperava-se a participação de representantes ministeriais do
Estado brasileiro com condições políticas para dialogar com os quilombolas e as
organizações de direitos humanos para adotar as providências necessárias frente
às demandas em pauta apresentadas perante a CIDH em outubro do corrente ano e
de amplo conhecimento do Estado nos últimos 14 anos, apenas para citar as
questões após a vigência do Decreto 4.887/03 sob ataque no STF pelo partido
Democratas , no congresso pela bancada ruralista e no executivo por Ministérios
loteados entre representantes das oligarquias, dos especuladores financeiros e
do agronegócio.
Embora tenha
sido consensuada com representante do Itamaraty, presente em reunião realizada
no dia 23/10, ainda no Uruguai, não houve sequer presença de representante do
próprio Ministério das Relações Exteriores, tampouco da Presidência da Fundação
Cultural Palmares, que sediou a reunião, nem mesmo da Presidência do Incra,
principal órgão demandado na denúncia apresentada contra o Estado brasileiro. O
INCRA, FCP e Ministério dos Direitos Humanos se fizeram representar apenas por
servidores que, por mais comprometidos com as políticas públicas voltadas para
os quilombos, não têm poder de decisão para intervir na condução das ações de
Estado, ou mesmo para justificar as opções políticas adotadas pelo atual
governo ilegítimo.
A postura
racista e desdenhosa do Estado brasileiro de sequer enviar representantes do
primeiro escalão dos ministérios e secretarias afetas às demandas apresentadas
pela sociedade civil à CIDH e desconsiderar a presença do Relator do organismo
internacional para o Brasil foi repudiada pela representante da CONAQ no início
da reunião, ao reiterar as denúncias feitas na audiência em Montevidéu.
Em seguida
representantes do Quilombo Rio dos Macacos expuseram a extrema violência da
Marinha do Brasil contra sua comunidade, que ocorre também em outros
territórios sobrepostos por bases militares, além do alarmante número de
assassinatos de quilombola no país. No Estado da Bahia, por exemplo, onde foi
extinto o Programa de Proteção a Defensores/as de Direitos Humanos. Contudo,
nenhuma representação do Ministério da Defesa, da Justiça ou dos Direitos
Humanos se dignou a participar da reunião.
O
inaceitável racismo do Estado brasileiro, último país das Américas a abolir a
escravidão, se explicita sem qualquer desfaçatez por um governo composto quase
que exclusivamente por homens brancos, que ascenderam ao poder por meio de um
golpe de Estado, demonstrando que ainda há muito que lutar para que as comunidades
quilombolas conquistem direito à terra, e que nessa longa caminhada as
lideranças estarão, infelizmente, sujeitas aos riscos de enfrentar os modernos
escravocratas.
Diante
disso, mesmo na ausência de representantes do governo com algum poder de
decisão, a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais
Quilombolas (CONAQ) em conjunto com as organizações de assessoria jurídica
popular , Terra de Direitos, Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais,
da Comissão Pastoral da Terra de Pernambuco e demais pesquisadores/as /
ativistas presentes reafirmaram o compromisso de continuar pautando o Estado
Brasileiro nas instâncias internacionais, no sentido da garantia do direito
quilombola à vida e à definitiva titulação de seus territórios, apresentando à
Comissão Interamericana de Direitos Humanos uma pauta básica que deve ser
atendida para que se cumpram os direitos básicos de quilombolas previstos na
Constituição e tratados internacionais, na qual se exige que o Estado
brasileiro:
• Assinatura
imediata dos 29 decretos de desapropriação em benefício de comunidades
quilombolas, que estão paralisados junto à na Casa Civil da Presidência da
República;
•
Modificação urgente do entendimento exposto no Ofício nº 1356/SE-C.Civil/PR, da
Casa Civil da Presidência da República, que sustenta a impossibilidade de
assinaturas de decretos de desapropriação em função de o julgamento da Ação
Direta de Inconstitucionalidade nº 3239 não ter sido concluído até o momento;
• Realização
do planejamento estratégico , pelo INCRA , para efetiva titulação de todos os
territórios quilombolas em prazo não superior a 20 anos, em obediência ao
direito humano à duração razoável do processo, apresentando metas anuais de
titulações;
•
Recomposição imediata pelo Ministério do Planejamento do orçamento do INCRA,
tanto para desapropriações quanto para atividades meio, em patamar não inferior
ao orçamento do ano de 2012;
• Retomada
da realização periódica da Mesa Nacional Quilombola de negociação entre o INCRA
e as comunidades;
•
Restabeleça e reestruture, nos estados e nacionalmente, o Programa Nacional de
Defensores e Defensoras de Direitos Humanos, de forma a viabilizar a luta e a
vida das lideranças quilombolas;
• Promova a
imediata investigação dos casos de assassinato de quilombolas, haja vista a
ligação desses crimes com a luta pela titulação de seus territórios, com a
avaliação da possibilidade de federalização diante da importância dos
assassinatos;
•
Modificação pelo Estado da postura intransigente em face aos casos de sobreposição
de áreas e bases militares a territórios tradicionais quilombolas,
implementando uma política em conformidade com os tratados, pactos e convenções
de direitos humanos subscritos pelo Brasil, que garanta a integralidade dos
territórios e respeito aos direitos fundamentais previstos pela Constituição
brasileira.
#NenhumQuilomboaMenos
Coordenação Nacional de Articulação das
Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq)
No mês da Consciência Negra, Contracs reforça campanha Basta de Racismo
Campanha nacional é permanente e tem como objetivo fomentar denúncia de discriminação racial no trabalho

A secretária de política de promoção para igualdade racial da Contracs, Ana Lucia da Silva, defende que estas práticas devam ser combatidas no ambiente de trabalho. Neste sentido, ela acredita que a Campanha Basta de Racismo deva continuar atuante na confederação e nas entidades filiadas. “Somente com uma campanha específica poderemos conscientizar trabalhadores e trabalhadoras sobre a importância de denunciar as práticas de racismo e não deixar que elas façam parte do mundo do trabalho.”
Quilombo dos Palmares, uma história que tem que ser contada
Em 20 de novembro de 1971, houve a primeira comemoração do “Dia da
Consciência Negra”
A luta pela liberdade e contra a escravidão escreveu algumas das mais
belas histórias do nosso país. Dentre tantas e tantas experiências de
resistência, destaca-se o Quilombo dos Palmares, em Alagoas, centro da produção
e escoamento do açúcar no Brasil.
Tudo começou com a fuga de aproximadamente 40 escravos, em 1580, das
Senzalas de um grande engenho da Capitania. Eles se instalaram no interior das
matas da Serra da Barriga – que por eles recebeu o nome de Palmares pela grande
quantidade de palmeirais na região. Lá, eles desenvolveram técnicas de
agricultura e construções de moradias em um ambiente que até então
desconheciam.
A notícia do quilombo – palavra do idioma Mbundu que tem como significado acampamento, fortaleza – foi se espalhando por Recife e cada vez mais escravos fugidos enfrentavam as mais diversas dificuldades para chegar ao local.
Uma imensa massa de pessoas se espalhou pelos mais de 200 km de
território. A divisão politica e econômica passou a ser representadas pelos
diversos agrupamentos chamados de mocambos, que possuíam uma liderança e uma
organização do trabalho determinada por sua localização.
O crescimento do Quilombo teve seu ápice de desenvolvimento contando,
entre 1624 e 1654, com mais de 35 mil habitantes dos quais muitos, não eram
todos só ex escravos negros, eram também índios e imigrantes vindos de outros
lugares.

Os enfrentamentos a partir daí se tornaram cada vez mais frequentes.
Em cada investida, mesmo com as
mais distintas formas de defesa que contava Palmares, muitos mocambos eram destruídos, mesmo que nunca se tenha desarticulado a totalidade do quilombo que tinha também estratégias de reconstrução após os ataques.
É nesse processo que surge a figura de Zumbi, sobrinho de Ganga Zumba,
que já se destacava por suas mais vastas táticas de resistência e sua
participação incansável da regulação das atividades palmarinas, que agora
também organizava brigadas para entrar nos engenhos e libertar outros escravos.
Combatendo os mais diversos golpes dos governadores, o Quilombo dos
Palmares resistiu mantendo sua avançada organização social. A destruição do
quilombo ocorreu apenas no ano de 1695, quando o bandeirante Domingos Jorge
Velho organizou uma expedição com o apoio de todos os senhores de escravos e de
muitas outras capitanias. Zumbi foi assassinado, mas o exemplo de luta dos
habitantes do Quilombo dos Palmares, que ele representa, perdurará por séculos
e séculos.
Como surgiu a comemoração do Dia da Consciência Negra?
No início da década de 1970, o poeta gaúcho Oliveira Silveira sugeriu ao
seu grupo que o dia 20 de novembro fosse comemorado “Dia da Consciência Negra”,
pois essa data apresentaria muito mais significado para a comunidade negra
brasileira do que aquela em que se comemora a Abolição da Escravatura,
outorgada pela Princesa Isabel.
A data de morte de Zumbi significaria muito mais aos negros na medida em
que sua libertação creditou-se muito mais à “generosidade da Princesa Branca”
do que a luta dos escravos para alcançar seus direitos.
Em 20 de novembro de 1971,
houve a primeira comemoração do “Dia da Consciência Negra”, e a idéia
espalhou-se pelo Brasil, alcançando outros movimentos sociais de luta contra a
discriminação racial, já no final dos anos 70 aparecendo como proposta nacional
do Movimento Negro Unificado.
Escrito por: Sindicato Nacional dos Moedeiros
sexta-feira, 17 de novembro de 2017
Pretos ou pardos são 63,7% dos desocupados
* O percentual da população preta ou parda que trabalhava como ambulante no 3º trimestre de 2017 era de 2,5% (e não de 25,2%, conforme divulgado anteriormente).
De acordo com a
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada
hoje pelo IBGE, no terceiro trimestre de 2017, dos 13 milhões de brasileiros
desocupados, 8,3 milhões eram pretos ou pardos (63,7%). Com isso, a taxa de
desocupação dessa parcela da população ficou em 14,6%, valor superior à
apresentada entre os trabalhadores brancos (9,9%).
A taxa de subutilização
- indicador que agrega a taxa de desocupação, de subocupação por
insuficiência de horas (menos de 40 horas semanais) e a força de trabalho
potencial - teve comportamento semelhante. Para o total de trabalhadores
brasileiros, ela foi de 23,9%, enquanto que para pretos ou pardos ficou em
28,3%, e para brancos em 18,5%. Das 26,8 milhões de pessoas subutilizadas no
Brasil, 17,6 milhões (65,8%) eram pretas ou pardas.
66% dos
trabalhadores domésticos no país são pretos ou pardos
No terceiro
trimestre de 2017, pretos ou pardos representavam 54,9% da população brasileira
de 14 anos ou mais e eram 53% dos trabalhadores ocupados do país. Mas, apesar
de serem a maioria, a proporção de pretos ou pardos ocupados (52,3%) era
inferior à da população branca (56,5%). Além disso, o rendimento dos
trabalhadores pretos e pardos foi de R$1.531, enquanto o dos brancos era de
R$2.757.
O percentual de
empregados pretos ou pardos do setor privado com carteira assinada (71,3%) era
mais baixo do que o observado no total do setor (75,3%). Dos 23,2 milhões de
empregados pretos ou pardos do setor privado, 16,6 milhões tinham carteira de
trabalho assinada.
Quando observada a
distribuição da população ocupada por grupo de atividades, é possível perceber
que a participação dos trabalhadores pretos e pardos era superior à dos brancos
na agropecuária, na construção, em alojamento e alimentação e, principalmente,
nos serviços domésticos. Os pretos e pardos representavam 66% dos trabalhadores
domésticos no País.
2,5% dos
trabalhadores pretos ou pardos atuam como ambulantes
A PNAD Contínua
mostrou, ainda, que, no Brasil, somente 33% dos empregadores eram pretos ou
pardos. Já entre os trabalhadores por conta própria, essa população
representava 55,1% do total. Mais de um milhão de trabalhadores pretos ou
pardos atuavam como ambulante, totalizando 66,7% dessa ocupação. No terceiro
trimestre de 2017, 2,5% dos trabalhadores pretos ou pardos atuavam como
ambulantes, em 2014 esse percentual era de 1,9%.
Para o coordenador
de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, indicadores como esses revelam
quão desigual é o mercado de trabalho brasileiro. “Entre os diversos fatores
estão a falta de experiência, de escolarização e de formação de grande parte da
população de cor preta ou parda. Isso é um processo histórico, que vem desde a
época da colonização. Claro que se avançou muito, mais ainda tem que se avançar
bastante, no sentido de dar a população de cor preta ou parda igualdade em
relação ao que temos hoje na população de cor branca”, destaca.
Texto: Mônica Marli
Arte: Helena Pontes
Imagem: Arquivo IBGE
Arte: Helena Pontes
Imagem: Arquivo IBGE
sexta-feira, 1 de setembro de 2017
NOTA PÚBLICA – O decreto frustrado de Temer e dos supermercadistas
Fecesc emite nota reiterando a necessidade de negociação para abertura do comércio aos domingos
Escrito por: Sandra Werle / Letra Editorial
A FECESC, representando os
trabalhadores no comércio e serviços do estado de Santa Catarina, divulga Nota
Pública condenando a tentativa frustrada do governo golpista de Temer de
destruir direitos históricos dos trabalhadores no comércio, através do
frustrado Decreto nº 9.127. O decreto inclui “comércio varejista de
supermercados e de hipermercados, cuja atividade preponderante seja a venda de
alimentos” como atividade essencial.
De acordo com parecer da
assessoria jurídica da FECESC, o decreto não tem força de lei nem pode se
sobrepor à Lei nº 11.603/2007, que regulamenta o exercício da profissão de
comerciário aos domingos e feriados, prevendo a necessidade de negociações
coletivas para que os estabelecimentos comerciais possam abrir.
Conheça a íntegra da Nota
Pública da FECESC e leia também, abaixo, o parecer da Assessoria Jurídica:
NOTA PÚBLICA
O decreto frustrado de Temer e
dos supermercadistas
No dia 16/08, o governo de
Michel Temer promulgou o Decreto nº 9.127, reconhecendo o comércio varejista de
supermercados e hipermercados – cuja atividade preponderante seja a venda de
alimentos – como serviço essencial. O objetivo do lançamento do decreto, em uma
cerimônia prestigiada por grandes empresários do setor supermercadista, era um
só: retirar direitos dos trabalhadores e facilitar a exploração por parte dos
patrões. Entretanto, o decreto publicado que visava retirar a necessidade de
negociação coletiva para a abertura de supermercados em feriados, não surtiu
efeito concreto. O decreto promulgado por Temer não tem o poder para alterar a
legislação em vigor que trata do trabalho aos domingos e feriados, permanecendo
o disposto na lei nº 11.603/2007, ou seja, não altera em nada as regras atuais
para negociação coletiva de aberturas de supermercados em domingos e feriados.
Se a medida pode ser tratada
como um “tiro n’água” por parte do lobby empresarial do ramo de supermercados e
do governo, não podemos desconsiderar o sinal apontado. Na esteira do profundo
ataque contra as leis trabalhistas, visando destruir direitos históricos dos
trabalhadores e aumentar as margens de lucro das grandes empresas, o governo
Temer buscou de maneira fracassada retirar um importante direito dos
trabalhadores em supermercados. A negociação coletiva para abertura das
empresas varejistas nos feriados é o que garante aos trabalhadores que não
percam o importante direito do convívio familiar nos domingos e feriados sem o
mínimo de compensação financeira para isso. Sem tal necessidade, os trabalhadores
ficariam à mercê de terem que trabalhar em domingos e feriados como se estes
fossem dias normais.
O decreto tanto foi fracassado
que, logo na semana seguinte à sua promulgação no diário oficial, o Sindicato
dos Comerciários de Joaçaba e região conseguiu liminar na Justiça impedindo os
supermercados de Joaçaba, Luzerna e Herval d’Oeste abrissem as portas no
feriado municipal do dia 25/08, implicando em elevadas multas para quem
descumprisse a decisão. Uma vitória importante para os trabalhadores, que demonstram
na prática que não irão aceitar os desmandos promovidos pelo governo golpista
de Temer.
Para além de comemorar a
vitória, a postura dos sindicatos deve ser de permanente alerta e de
organização dos trabalhadores para resistir contra as agressões de empresários
e governo. A guerra de classes deflagrada pela classe dominante contra os
trabalhadores não parou na aprovação da contrarreforma trabalhista, a busca
desenfreada por lucros do capitalismo permanece e somente a nossa firmeza na
luta pode colocar fim a este cenário.
Federação dos Trabalhadores no
Comércio no Estado de SC
Florianópolis- agosto de 2017
PARECER da Assessoria Jurídica
Florianópolis- agosto de 2017
PARECER da Assessoria Jurídica
Analisando o Decreto nº
9.127/2017 de 16/08/2017, que veio a alterar o disposto no item 15 do artigo 7º
do anexo ao Decreto nº 27.048/49, observamos que houve a inclusão do “comércio
varejista de supermercados e de hipermercados, cuja atividade preponderante
seja a venda de alimentos”.
O referido decreto encontra-se
em consonância ao disposto constitucional do artigo 84, item IV, ao propor a
alteração que se concretizou, porém não tem força de lei e não cria alteração
para além de seu âmbito, ou seja, a regulamentação de lei quando assim for
designada.
Denota-se que do texto
apresentado no Decreto nº 9.127/17, além de incluir novos segmentos do comércio
varejista (supermercados e hipermercados), estes devem ter por preponderância a
venda de alimentos.
Quanto à lei de greve, Lei nº
7.783/89 de 28/06/1989, prevê no seu artigo 10, os serviços ou atividades
essenciais; temos no inciso III o segmento de distribuição e comercialização de
medicamentos e alimentos. Ainda que o art. 9º da C.F/88 em seu §1º, remeta a
lei que definirá os serviços ou atividades essenciais para o atendimento das
necessidades inadiáveis da comunidade, a lei de greve tem a aplicação ao setor,
até que nova lei venha dispor e regulamentar tal matéria. Devendo ser mais bem
discutido se este setor se enquadra em atividades essenciais.
O Decreto nº 83.842/79
(14/08/79) determinou a competência para a autorização do trabalho aos domingos
e feriados no comércio, delegando poder ao Ministro do Trabalho conceder
autorização para o funcionamento de empresas aos domingos e feriados civis e
religiosos. Seguindo a competência delegada ao Ministro do Trabalho, surge a Portaria
nº 945 de 08/07/2015, regulamentando no âmbito do Ministério do Trabalho o
procedimento para tal feito ao dispor que a autorização poderá ser concedida
mediante acordo coletivo de trabalho entre as entidades sindicais econômicas e
profissionais.
Em 05/12/2007 a Lei nº
11.603/2007 que alterou a Lei nº 10.101/2000, regulamenta de fato o trabalho
aos domingos e feriados, impondo condições para o trabalho nestes dias,
atribuindo às negociações coletivas a autorização da abertura aos domingos e
feriados.
Some-se ainda o disposto na
Lei nº 12.790 de 14/03/2013 que regulamentou o exercício da profissão de
comerciário, determina que somente via convenção e/ou acordo coletivo de
trabalho poderá ser estabelecida alteração da jornada de trabalho – 8 horas
diárias e 44 semanais.
Por fim, destacar que o
Decreto nº 9.127/2017, não tem o poder de alterar a legislação em vigor que
trata do trabalho aos domingos e feriados, permanecendo a aplicação do disposto
na lei nº 11.603/2007, que remete às negociações coletivas a autorização para o
trabalho aos domingos e feriados, nos mercados, comércio varejista de
supermercados e de hipermercados, cuja atividade preponderante seja a venda de
alimentos.
Florianópolis SC, 22 de agosto de 2017.
Volmir Maurer – OAB/SC 28.501 João Victor F.
Martins – Estagiário
Sindicato dos Comerciários de Santo Antônio de Jesus no Estado da Bahia realiza seminário sobre reforma trabalhista.
O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de
Santo Antônio de Jesus promoveu na noite da quarta-feira, 30, um seminário
sobre a nova legislação trabalhista no auditório do Colégio Santo Antônio.
O evento foi organizado pelo Sindicato dos Comerciários
desta cidade, tendo como mediadora das mesas a Sra. Maria Anatalia que faz
parte da direção das Contracs/CUT e do sindicato local.
O evento reuniu membros do sindicato,
trabalhadores, estudantes, professores e convidados. Os principais assuntos
discutidos foram os vários elementos na mudança da reforma trabalhista e
esclarecimento das dúvidas em torno do assunto. Já que muitos trabalhadores não
tem conhecimento de seus direitos e muitas vezes nem os deveres. A
reforma que já foi aprovada entra em vigor em novembro.
Para o juiz do trabalho, Dr. Fabiano Veiga há
pontos controversos na nova legislação do trabalho, um deles é a data de vigor
do processo. “O ponto mais relevante de todos que trabalhamos, é o que diz
respeito à possibilidade da lei nova recém-aprovada ser aplicada aos contratos
em cursos” , explica.
De acordo com a presidenta do Sindicato,
Aline Patrícia o seminário teve uma avaliação positiva. “O número de
participantes superou as expectativas, o debate foi muito rico”, ressalta.
A advogada e técnica do Dieese, Drª. Ana
Georgina explica que o papel do Dieese é dar suporte técnico as reivindicações
e discutir junto às categorias. “De forma coletiva, tentar buscar solução para
minimizar os efeitos que essa reforma vai ter na vida de todos”, pontua. Novos
debates como esse serão realizado em outros momentos pelo Sindicato dos
Trabalhadores do Comércio de Santo Antônio de Jesus, aqui na Bahia.
Julgamento do amianto tem revés e lei federal se torna inconstitucional
Contracs é contra uso, produção e comercialização do amianto por ser prejudicial à saúde e ao meio ambiente.
Escrito
por: Adriana
Franco / Contracs
Na última quinta-feira (24), o Supremo Tribunal
Federal (STF) voltou a julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4066
de 2008 que questionava a validade da Lei 9055/95, que permitia a produção e a
comercialização do amianto crisotila. A Associação Nacional dos Magistrado da
Justiça do Trabalho (Anamatra) e a Associação Nacional dos Procuradores do
Trabalho (ANPT) afirmam que o produto é cancerígeno e não existe possibilidade
do uso controlado da substância e, por isso, questionavam a validade da legislação
federal.
Durante o julgamento, cinco ministros do STF se
posicionaram a favor da ação e contra o uso do amianto, no entanto, a votação
não permitia o estabelecimento do efeito vinculante –princípio pelo qual uma
lei deixa de ter efeito. No entanto, outra ação (a ADI 3937) sobre a
constitucionalidade da legislação estadual de São Paulo, que proíbe a
comercialização e produção do amianto no estado, foi julgada na mesma sessão
tornando-se constitucional e, consequentemente, tornando a lei federal inconstitucional.
A ADI 3937, movida pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Indústria (CNTI), defendia o fim da legislação estadual de São
Paulo afirmando que a restrição da legislação estadual era maior do que a
legislação federal. Com oito votos contra a ADI e a favor da proteção promovida
pela legislação estadual, o STF aprovou a inconstitucionalidade da lei federal.
O ministro Celso de Mello, ao votar na ADI 3937,
reiterou a importância da proteção à saúde do trabalho e ao meio ambiente:
"O que está efetivamente em jogo neste processo é, em última análise, a
vida de trabalhadores e a indispensável defesa de seu inalienável direito de
proteção à saúde. Direitos que não podem ser desprezados ou desconsiderados
pelo Estado”.
No entanto, a invalidade da lei federal criou um
vácuo jurídico nos estados em que não existe legislação estadual proibindo a
produção, comercialização e uso do amianto crisotila.
Contracs
A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT (Contracs/CUT) é contra a produção, uso e comercialização do amianto crisotila e defende a saúde de trabalhadores e trabalhadoras bem como a proteção ao meio ambiente e tem acompanhado no STF o julgamento das ações.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT (Contracs/CUT) é contra a produção, uso e comercialização do amianto crisotila e defende a saúde de trabalhadores e trabalhadoras bem como a proteção ao meio ambiente e tem acompanhado no STF o julgamento das ações.
Segundo o coordenador da sede em Brasília,
Francisco Luiz Saraiva, o sentimento em relação ao julgamento era de apreensão.
“A nossa maior preocupação é por entendermos que este momento está contaminado
com a constante retirada de direitos e as decisões podiam estar voltadas para
atender o capital.”
Para Luizinho, como é conhecido, foi uma vitória
tardia porque muitas pessoas já morreram em decorrência do contato com a fibra
cancerígena.
No entanto, o coordenador destaca a importância da
luta da Contracs em defesa da saúde e do meio ambiente no combate do uso,
exploração e comercialização do amianto. “Agora, devemos ajudar a esclarecer os
trabalhadores de base sobre o banimento da comercialização deste produto e para
que a legislação existente não seja burlada. Além disso, vamos lutar pela
criação da legislação específica nos estados em que não tem sobre o assunto
para proibir e assegurar o que foi definido pelo STF.”
Assinar:
Postagens (Atom)
Postagem em destaque
Março das Mulheres | Conheça a verdadeira história do 8 de março
O 8 de março a LUTA das mulheres como identidade de classe e muitos sentimentos de pertencimento. Como afirma que a origem da data foi pro...

-
ANARQUISMO Diferente da concepção tradeunionista, que surge e ganha fôlego nos países mais desenvolvidos, a corrente anarquista ter...
-
SOCIAL - DEMOCRACIA A corrente conhecida hoje como social democracia surgiu no interior do movimento marxista, no final do século pass...