CONCEPÇÃO,
TENDÊNCIAS E CORRENTES DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
No livro Escola e Democracia, Demerval
Saviani, analisa e propõe o estudo das teorias da educação em sua relação ao
problema que enfoca, devido a alta percentagem de alunos que desertam do ensino
de 1º grau em condições de semi-analfabetismo ou de analfabetismo potencial na
América Latina: 50%.
Considera
os participantes de dois grandes grupos:
A
– as teorias não-críticas:
1 – pedagogia
tradicional
2 – pedagogia nova
3 – pedagogia tecnicista.
B
– as teorias “crítico-reprodutivistas”:
1-
teoria
do ensino enquanto violência simbólica.
2-
teoria
da escola enquanto aparelho ideológico de Estado ( A . I. E.)
3-
teoria
da escola dualista.
E – propõe uma teoria
da educação.
C
– a teoria crítica-social dos conteúdos: pedagogia revolucionária.
O autor faz a seguir uma análise da
situação da educação desde a época da sociedade sem escolas, passando pelas
escolas, tradicional nova tecnicista, em suas relações com o sistema
sócio-econômico vigente numa sociedade capitalista. Detalha a teoria “crítica
social dos conteúdos”, chegando a explicitar A contribuição do professor, analisando
a “Teoria da Curvatura da Vara” e “Para Além da Teoria da Curvatura da Vara”.
Na parte final propõe onze teses sobre
educação e política, delimitando claramente as relações entre estas (educação e
política), como se segue:
1º
grupo: Teorias não Críticas:
Visão da educação como instrumento de
equalização social, portanto, de superação da marginalidade. A sociedade é
concebida como essencialmente harmônica, tendendo a integração de seus membros.
Marginalidade: distorção acidental que deve ser corrigida através da educação,
tendo esta, portanto, ampla margem de autonomia
em face da sociedade.
2º
grupo: Teorias Crítico-Reprodutivista:
Visão da educação como instrumento de
discriminação social logo fator de marginalização. Visão da sociedade dividida
em classes antagônicas, e da marginalidade como fenômeno inerente a própria
estrutura da sociedade. Educação: inteiramente dependente da estrutura social,
geradora da marginalidade, com função de reforçar e legitimar a marginalização.
Teorias
não Críticas: (Representantes)
Pedagogia Tradicional: Inspirada no
ideário da Revolução Francesa “Educação como direito de todos”, com objetivo de
consolidar a democracia, transformar súditos em cidadãos, como antídoto a
ignorância. Escola centrada no professor, necessitando professor eficiente,
visando a transmissão de conhecimentos.
Resultados: não foi bem
sucedida; não conseguiu universalizar o conhecimento e nem todos os bem
sucedidos conseguiram se ajustar na sociedade.
Pedagogia Nova: “escolanovismo”:
educação como corretora da marginalização; ajusta e adapta os indivíduos à
sociedade. Sob inspiração biológica e psicológica, propunha ser fundamental “aprender
a aprender”.
Houve
deslocamento dos “eixos” do processo educativo:
·
do
intelecto para o sentimento.
·
do
lógico para o psicólogo.
·
do
conteúdo para o método.
·
do
esforço para o interesse.
· Da disciplina para a espontaneidade.
· Da quantidade para a qualidade.
Professor: estimulador do processo.
Conseqüências: Afrouxamento da disciplina X rebaixamento do ensino para as camadas populares; aprimoramento da qualidade do ensino destinado as elites.
·
agravo
o problema da marginalidade.
· Difundi o técnico-pedagógico como fundamental.
· Reforça a idéia: é melhor uma escola para poucos que uma escola diferente para muitos.
Pedagogia tecnicista:
Tomou como modelo a relação
empresarial: organização, divisão do trabalho, mecanização do processo e
operacionalização de objetivos.
Introduziu as técnicas e os
instrumentais técnicos, dando primazia ao processo. É o processo que define o
que os professores e alunos farão, como e quando.
Marginal: é o incompetente, ineficiente e
improdutivo.
A questão é aprender a fazer, sendo
o controle feito através de formulários a serem preenchidos.
Conseqüências: conteúdos rarefeitos e
irrelevante ampliação de vaga em face aos índices de evasão e repetência.
Essas teorias são denominadas “não-críticas”
porque desconhecem as determinantes sociais do fenômeno educativo.
Teorias Crítico-Reprodutivista: postulam não ser possível
compreender a educação senão a partir de seus condicionamentos sociais.
Explicam o fracasso de todas as propostas anteriormente citadas porque o papel
da escola era (é) reproduzir a sociedade de classes e reforçar o modo de
produção capitalista (bourdieu e passeron).
São elas:
a)
Teoria
do sistema de ensino enquanto violência simbólica:
Marginalizados: são os grupos, as classes dominadas,
socialmente, porque não possuem força simbólica.
A função da educação é a de reprodução
das classes sociais; pela reprodução cultural ela contribui para a reprodução
social.
Através da reprodução são dissimuladas
as relações de força existentes (ocorrem também através de jornais, igreja, moda,
propaganda, educação familiar, etc.)
b) Teoria da Escola enquanto Aparelho
Ideológico do Estado (A . I.E.)
O A .I. E. escolar contribui um
mecanismo construído pela burguesia para garantir e perpetuar seus interesses.
Segundo Althusser existe a luta de classes mesmo no A .I. E. escolar, embora
seja praticamente diluída. A escola se constitui no instrumento mais “acabado”
de reprodução das relações de produção tipo capitalista.
Marginalizado: classe trabalhadora.
c) Teoria da Escola dualista: Proposta por Baudelot e Establete,
diz que: “a escola, em pese a aparência humanitária e unificadora, é dividida
em duas grandes redes, as quais correspondem a divisão da sociedade capitalista
com suas duas classes fundamentais: burguesia (rede de escolarização Secundária
Superior: P.P.).
Escola: reforça e legitima a marginalização,
impedindo o desenvolvimento da ideologia do proletariado (pois contribui para a
formação da força de trabalho e vinculação da ideologia burguesa) e da luta
revolucionária; sendo assim, age duplamente como fator de marginalização.
Conseqüências e teorias: colocaram em evidência o
comprometimento da educação com os interesses dominantes e disseminaram entre
os educadores desânimo e educação com os interesses dominantes e disseminaram
entre os educadores desânimo e pessimismo.
Para uma teoria crítica da educação:
A escola como instrumento capaz de
contribuir para o problema de marginalização deverá ser formulada do ponto de
vista dos interesses do dominado. Precisará superar tanto o poder ilusório (
próprio das teorias não críticas ) quanto a impotência ( própria das teorias
críítico-reprodutivista). Colocará nas mãos dos educadores uma arma de luta
capaz de permitir o exercício de poder real, ainda que limpado.
O papel da teoria crítica é dar substância
concreta a essa Bandeira de luta de modo a evitar que ela seja apropriada e
articulada com os interesses das classes dominantes.
É preciso avançar no sentido de captar
a natureza específica da educação, o que nos levará a compreensão da complexa
mediação pela qual se dá sua inserção contraditória na sociedade capitalista.
Praticamente, é preciso retomar
vigorosamente a luta contra a selatividade, discriminação e o rebaixamento do
ensino para as camadas populares. Engajar-se no esforço para garantir aos
trabalhadores um ensino da melhor qualidade possível nas condições históricas
atuais.
Texto 2: A TEORIA DA CURVATURA DA VARA
Abordagem política do funcionamento
interno da escola de 1º grau
Que funções políticas o ensino de 1º
grau desempenha?
1ª Tese: filosófica-histórica:
“Do caráter revolucionário da
pedagogia da essência e do caráter reacionário da pedagogia da existência”.
“Todos os homens são essencialmente
iguais, com os mesmos direitos”.
A escolarização era condição para
converter os servos em cidadãos, para que todos participassem do projeto
político para consolidação da democracia ( interesse da burguesia ). Após
ascender ao poder, já não interessa mais a burguesia transformar a sociedade: a
escola tradicional, a “pedagogia da existência”: os homens são essencialmente
diferentes e temos que respeitar a diferença entre eles. Aí está o caráter
reacionário da pedagogia da existência legitimando as desigualdades,
privilégios e sujeição.
2ª Tese: Pedagógico-metodológica:
Do caráter científico do método
tradicional e do caráter pseudo-científico dos métodos novos.
Considera-se como científico o caráter
do método tradicional, pois os cincos passos formais de Herbert ( preparação,
assimilação, comparação e generalização) se baseavam no esquema do método
científico indutivo de Bacon.
Os métodos novos ideologizaram a
pesquisa, pois pesquisado que já se sabe e se conhece não existe: caráter
pseudo-científico.
3ª Tese: Especificamente Política:
De quando mais se falou em democracia
no interior da escola, menos democrática foi a escola; e de como, quando se
falou, em democracia mais a escola esteve articulada com a construção de uma
ordem democrática.
Na escola tradicional havia a
articulação com a construção de uma ordem democrática, pois a escola era igual
para todos. Na escola nova falava-se basicamente em democracia, mas a
desigualdade existia na escola dualista.
A escola nova: Hegemonia da classe
dominante.
Anos 30: fundação da associação
Brasileira de Educação (ABE);
32 manifesto dos pioneiros e 1ª
conferência Nacional de Educação.
34 nova constituição.
As primeiras décadas deste século
foram ricas em movimentos populares, reivindicações maior participação na
sociedade e também reivindicações do ponto de vista escolar.
Com o escolanovismo: da preocupação em
articular a escola com os movimentos populares, passou-se para o plano
técnico-pedagógico, portanto, interno da escola.
Do entusiasmo pela educação, passou-se
para o otimismo pedagógico. Com a Escola nova ocorreu o rebaixamento do ensino
para as classes populares e aprimoramento do ensino para as elites.
Os movimentos sociais que conclamavam
o povo a se organizar e reivindicavam escola para todos perderem sua voz. Todos
os progressistas em educação tenderem em endossar o credo escolanovista.
Anos 70: em 71: Lei 5.692
Princípios da flexibilidade e
terminalidade aligeiramento tão grande que chega até desfazer em meras
formalidades.
Curvatura da vara: priorizar o
conteúdo: defender o aprimoramento do ensino destinado as camadas populares
como única forma de lutar contra a farsa do ensino, porque o domínio da cultura
constitui instrumento indispensável para a participação política das mesmas.
O dominado não liberta se ele não vir
a dominar aquilo que os dominantes dominam.
Reformar a escola a partir de seu
interior: preocupação constante com o conteúdo e fórmulas disciplinares (
esforço, disciplina e trabalho).
O ponto correto da vara está
justamente na valorização dos conteúdos que apontam para uma pedagogia
revolucionária.
Texto 3: PARA ALÉM DA CURVATURA DA
VARA
“Creio Ter conseguido fazer
curvar a vara para outro lado. A minha
expectativa é justamente que, com essa inflexão, a vara atinja o seu ponto
correto; vejam bem, correto este que não está também na pedagogia tradicional,
mas está justamente na valorização dos conteúdos que apontam para a pedagogia
revolucionária”.
Papel do educador: fazer curvar a
vara: no embate ideológico não basta enunciar a concepção correta para que os
desvios sejam corrigidos: é necessário abalar as certezas, de autorizar o senso
comum, demonstrando a falsidade daquilo que é tido como verdadeiro.
Proposta: pedagogia
revolucionária: situa-se para além das pedagogias da essência; e
da existência; supera-se, incorporando suas críticas recíprocas numa proposta
radicalmente nova.
É crítica, e assim, sabe-se
condicionada, ainda que elemento determinado, não deixa de influenciar o
determinante, ainda que secundário, não deixa de ser importante e por vezes
decisivo no processo de transformação da sociedade.
Centra-se na igualdade essencial entre
os homens, em termos reais e não apenas formais: transformação dos conteúdos
formais, fixos abstratos em conteúdos reais, dinâmicos e completos;
considera-se difusão de conteúdos sérios e atualizados – uma das tarefas
primordiais do processo educativo em geral e da escola em particular.
Uma pedagogia articulada com os
interesses das classes populares valorizará a escola; estará empenhada em que ela funcione bem, em métodos de ensino
eficazes; métodos que estimularão a atividade e iniciativa do aluno, sem abrir
mão da iniciativa do professor... favorecerão o diálogo... os interesses dos
alunos, critérios de aprendizagem e desenvolvimento psicológico, sem perder de
vista a sistematização lógica dos conhecimentos, sua ordenação e graduação:
tomando alunos e professores como agentes sociais.
Educação: “atividade mediadora no seio
da prática social global”.
Passos:
1º - Prática social: ponto de partida: professores e
alunos encontrar-se em diferentes níveis de compreensão da prática social.
Professor possui síntese-precária (precária:
precisará antecipar o que fazer com os alunos cujos os níveis de compreensão
ele não pode conhecer, no ponto de partida, senão de forma precária).
2º - Problematização: identificação dos principais
problemas postos pela prática social: que conhecimentos preciso dominar.
3º - Instrumentalização: apropriação dos instrumentos
teóricos e práticos necessários ao equacionamento dos problemas detectados na
prática social. Esta apropriação pelos alunos depende da transmissão dos
conhecimentos, direta ou indiretamente feita pelo professor.
4º - Catarse: efetivamente incorporação dos
instrumentos culturais transformada agora em elementos ativos de transformação
social.
5º - Ponto de Chegada: prática social: reduz-se a
precariedade da síntese do professor, cuja compreensão se torna mais orgânica.
A compreensão da prática social passa
por uma alteração de qualidade.
A proposta da pedagogia
revolucionária: deriva de um conceito articula educação e sociedade; é
necessário, através de prática social, transformar as relações de produção que impedem a construção de uma
sociedade igualitária. É pedagogia empenhada decididamente em colocar a serviço
da referida transformação das relações de produção.
Se a educação é mediação, isto
significa que ela não se justifica por si mesmo, mas tem sua razão de ser nos
efeitos que se prolongam para além dela e que persistem mesmo após a cessação
da ação pedagógica.
O processo é sempre um tipo de
passagem (não é muito) de um ponto a outro, uma certa transformação. Enfim, a
própria catarse: elaboração e transformação da estrutura em super estrutura na
consciência dos homens: processo de passagem da desigualdade para a igualdade.
Se não acredito que a desigualdade
pode ser convertida em igualdade pela mediação da educação, não vale a pena
desencadear a ação pedagógica.
Professor: capacidade de antecipar os
resultados da ação. Uma relação considerada supostamente autoritária quando
vista pelo ângulo do ponto de partida,
pode ser, ao contrário, democrática, se analisada do ponto de vista de chegada,
ou seja, pelos efeitos que acarreta na prática social global.
A contribuição do Professor:
Através da instrumentalização, isto é,
nas ferramentas de caráter político, histórico, matemático e literário, etc.,
quer seja capaz de colocar de posse do aluno; serão tanto mais eficaz quanto
mais o professor seja capaz de compreender os vínculos de sua prática social e
global. Ocorrerá quando a catarse alterar a prática, qualitativamente, de seus
alunos, enquanto agentes sociais.
Onze teses sobre Educação e Política
Educação é um ato político, porém não
se deve identificar educação com política, prática pedagógica com prática
política, em conseqüência, a especialidade de fenômeno educativo.
Educação e política, embora
inesperáveis, não são idênticas: trata-se
de práticas distintas, cada uma com especialidade própria.
A educação configura-se uma relação
entre não antagônicos; o educador está a
serviço dos interesses dos educadores.
A relação política o objetivo é vencer
e não convencer: trata-se ainda de uma relação antagônica, onde interesses e
perspectivas são mutualmente excludentes.
“ A prática política se apóia na
verdade do poder; a prática educativa, no poder da verdade”.
“A importância política da educação
reside na função de socialização do conhecimento; assim, realizando a função
que lhe é própria que a educação cumpre
sua função política”.
As reflexões anteriores podem ser
ordenadas e sintetizadas através das teses seguintes:
“Tese 1 – Não existe identidade
entre educação e política.
Corolário “educação e política são
fenômenos inseparáveis, porém efetivamente distintos entre si”.
“Tese 2 – Toda prática
educativa contém inevitavelmente uma dimensão educativa”.
OBS.: As teses 2 e 3 decorrem
necessariamente de inseparabilidade entre educação e política, firmada no
corolário da tese 1.
“Tese 4 – A explicitação da
dimensão política educativa da prática educativa está condicionada a
explicitação da especificidade da prática educativa”.
“Tese 5 – A explicitação da
dimensão educativa da prática política está, por sua vez, condicionada a
explicitação da especificidade da prática política”.
(... só se possível captar a dimensão
política da prática educativa e vice-versa, na medida em que essas práticas
forem captadas como efetivamente distintas uma da outra – tese 4 e 5).
“Tese 6 – A especificidade da
prática educativa se define pelo caráter de uma relação que se trava entre
contrários não-antagônicos”.
“Tese 7 – A especificidade da
prática política se define pelo caráter de uma relação que se trava entre
contrários antagônicos”.
“Tese 8 – As relações entre
educação e política se dão na forma de autonomia relativa e dependência
recíproca”.
“Tese 10 – Superada a sociedade
de classes cessa o primado da política, o que determina a subordinação real da
educação e prática política”.
“Tese 11 – A função política da
educação se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática
especificamente pedagógica”.
Dizer que a educação é sempre um ato
político... não significará senão sublinhar que a educação possui sempre
dimensão política, independentemente de se Ter ou não consciência disto (tese
2) ... Eu só posso afirmar que a educação é um ato político na medida em que eu
capto determinada prática como sendo primordialmente
educativa e secundariamente política”.
Lembrando que tendências pedagógicas
existentes nem sempre são mutualmente, nem aparecem em sua forma pura, Líbano
apresenta o seguinte esquema classificatório para as referidas tendências:
Em relação aos condicionamentos
sócio-político da escola encontramos:
A
– Pedagogia Liberal
1- tradicional
2- renovada progressista
3- renovada não diretiva
4- tecnicista
1- libertadora
2- libertária
3- crítico-socialista dos conteúdos.
Conceito 1 – Pedagogia Liberal: “baseada nos princípios da revolução
francesa: liberalismo”.
“A escola tem por função preparar os
indivíduos para o desempenho dos papéis sociais, conforme aptidões individuais,
... através de adaptação aos
REFERÊNCIAS
LIBÂNEO, J. C. Democratização da escola pública. A Pedagogia critico social dos conteúdos.
SAVIANI, D. Pedagogia Histórico crítica.
MELLO, G.N. Tecnicismo...
LIBÂNEO, J. C. Democratização da escola pública. A Pedagogia critico social dos conteúdos.
SAVIANI, D. Pedagogia Histórico crítica.
MELLO, G.N. Tecnicismo...
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