Redes de trabalhadores campanhas estratégicas e pesquisas para subsidiar a ação sindical foram os principais temas debatidos na troca de experiências promovida pelo Solidarity Center da AFL-CIO com o projeto CUTMulti "Ação Frente às Multinacionais". O intercâmbio, realizado em Washington DC, nos Estados Unidos, nos dias 4 e 5 de maio de 2009, contou com a participação de Manoel Messias Nascimento Melo, da executiva nacional da CUT, José Drummond, coordenador do CUTMulti, Felipe Saboya, coordenador de pesquisa do Instituto Observatório Social, Fábio Lins, representante da CNQ - Confederação Nacional do Ramo Químico, José Wagner Oliveira, da CNM - Confederação Nacional dos Metalúrgicos e Jorge Luis Campo, pela CNTSM - Confederação Nacional dos Trabalhadores no Setor Mineral. O time da AFL-CIO esteve representado por Ken Zinn, diretor do departamento de organização, Amy Masciola, coordenadora de campanhas internacionais, Robert Masciola, do centro de pesquisas estratégicas, Brian Finnegan, diretor do Solidarity Center no Brasil e Melinda Newhouse, representante do sindicato USW - United Steelworkers.
Para situar os participantes e qualificar o debate
foram realizadas apresentações sobre as estrututas sindicais dos dois países.
Ken Zinn falou sobre as dificuldades em promover o sindicalismo nos Estados
Unidos, uma vez que o reconhecimento dos sindicatos é voluntário por parte dos
trabalhadores e muitas vezes boicotado pelas empresas. "No período de
campanha os sindicatos não têm acesso aos locais de trabalho e mesmo quando
ganham a eleição e são reconhecidos 45% deles não conseguem negociar um primeiro
acordo", analisou Zinn. Apesar do declínio que o movimento sindical
americano vem apresentando nos últimos anos, a AFL-CIO está esperançosa com a
perspectiva de mudanças na lei trabalhista pelo congresso nacional, pós eleição
de Barack Obama.
O cenário sindical brasileiro foi apresentado por
Manoel Messias e englobou desde a origem do sindicalismo no Brasil até o
recente reconhecimento das centrais sindicais. O amplo fracionamento dos
sindicatos na região, a falta de garantias para a organização no local de
trabalho e os sindicatos sem sócios sustentados pelo imposto sindical são as
principais dificuldades para o movimento no Brasil. "A CUT acredita que
uma reforma sindical seja viável, mas políticos ligados à classe empresarial
acabam impedindo a mudança", comentou Messias.
Casos práticos de campanhas de organização de
trabalhadores em multinacionais também fizeram parte do debate. A responsável
pelo departamento de campanhas internacionais da AFL-CIO, Amy Masciola,
apresentou a campanha de organização dos trabalhadores da multinacional
canadense do setor gráfico Quebecor. A organização de uma rede sindical nesta
empresa, com diversos esforços em comunicação, colaboração da federação
internacional do ramo UNI, mobilizações junto aos clientes da empresa e
diversas outras ações, fizeram com que a empresa recuasse e assinasse um acordo
marco global. "A campanha ajudou a melhorar as condições de trabalho nas
plantas dos 16 países onde a empresa possui operações", completou
Amy.
A troca de experiências incluiu uma apresentação do
Instituto Observatório Social, que mostrou aos participantes sua metodologia de
pesquisas e de que forma seus estudos apóiam a ação sindical no Brasil. A
proposta de manual de construção de redes sindicais, publicação que vem sendo trabalhada
pela equipe do CUTMulti, também foi apresentada durante o seminário e despertou
grande interesse dos companheiros americanos.
Como resultado da proveitosa troca de informações
durante os dois dias de seminário, os participantes se comprometeram a dar
continuidade às discussões iniciadas no intercâmbio. Uma série de atividades
conjuntas, com seminários e treinamentos específicos, deverá fazer parte do
projeto de solidariedade internacional entre a CUT e a AFL-CIO.
CUTMulti participates in
exchange program with the AFL-CIO in Washington DC
Workers' networks, strategic
campaigns and research to support union action were the main topics discussed
in the exchange of experiences promoted by the Solidarity Center of AFL-CIO
with the project CUTMulti "Action on Multinationals". The exchange,
held in Washington DC, USA, on May 4th - 5th 2009, was attended by Manoel
Messias Nascimento Melo, CUT's national director, José Drummond, coordinator of
CUTMulti, Felipe Saboya, research coordinator of the Social Observatory
Institute, Fábio Lins, representative of the CNQ - National Confederation of
Chemical Industry, José Wagner Oliveira, of CNM - National Confederation of
Metalworkers and Jorge Luis Campos, of CNTSM - National Confederation of
Workers in the Mining Sector. The AFL-CIO team was represented by Ken Zinn,
organizing department director, Amy Masciola, international campaigns
coordinator, Robert Masciola, center for strategic research director, Brian
Finnegan, director of the Solidarity Center in Brazil and Melinda Newhouse,
representative of the union USW - United Steelworkers.
To situate the participants and qualify the debate presentations on union
structures of the two countries were made. Ken Zinn spoke about the challenges
to promote unionism in the United States, as the recognition of unions is
voluntary by workers and often boycotted by companies. "During the
campaign the unions don't have any access to workplaces and even if they win
the elections and are recognized 45% of them can't negotiate a first
agreement", said Zinn. Despite the decline that the American union
movement has shown in recent years, the AFL-CIO is hopeful with the prospect of
changes in labor law by the national congress, after Barack Obama's election.
The Brazilian union picture was presented by Manoel Messias and included from
the origin of trade unionism in Brazil until the recent recognition of labor
confederations. The unions' division in the region, the lack of guarantees for
the organization in the workplace and the unions without members supported by
union rates are the main difficulties for the movement in Brazil. "The CUT
believes that a union reform is viable, but politicians linked to the business
class end up preventing the change," said Messias.
Case studies of campaigns for
workers organization in multinationals were also part of the debate. The
international campaigns coordinator of AFL-CIO, Amy Masciola, presented the
campaign to organize employees of the Canadian multinational of the graphical
sector Quebecor. The organization of a trade union network in this company,
with several communication efforts, collaboration of the global union
federation UNI, mobilizations with the company's customers and many other
actions, made the company to step back and sign a global framework agreement.
"The campaign helped to improve the working conditions in plants of the 16
countries where the company has operations," added Amy.
The exchange of experiences
included a presentation of the Social Observatory Institute, which showed the
participants its research methodology and how its studies support the union
action in Brazil. The draft manual for creation of union networks, publication
that CUTMulti staff is working on, was also presented during the seminar and
aroused great interest of the American comrades.
As a result of the fruitful
exchange of information during the two-day seminar, participants pledged to
continue the discussions. A series of joint activities, with workshops and
training programs, should be part of the project of international solidarity
between the CUT and the AFL-CIO.
CUTMulti participa de intercambio con la AFL-CIO en Washington DC
Redes de trabajadores, campañas estratégicas y
pesquisas para subvencionar la acción sindical fueron los principales temas
debatidos en el intercambio de experiencias promovido por el Solidarity Center
de la AFL-CIO con el proyecto CUTMulti "Acción Frente a las
Multinacionales". El intercambio, realizado en Washington DC, Estados
Unidos, en los días 4 y 5 de mayo de 2009, contó con la participación de Manoel
Messias Nascimento Melo, de la dirección nacional de la CUT, José Drummond,
coordinador del CUTMulti, Felipe Saboya, coordinador de pesquisa del Instituto
Observatório Social, Fábio Lins, representante de la CNQ - Confederación
Nacional del Ramo Químico, José Wagner Oliveira, de la CNM - Confederación
Nacional de los Metalúrgicos y Jorge Luis Campos, de la CNTSM - Confederación
Nacional de los Trabajadores en el Sector Mineral. El equipo de la AFL-CIO fuer
representado por Ken Zinn, director del departamento de organización, Amy
Masciola, coordinadora de campañas internacionales, Robert Masciola, del centro
de pesquisas estratégicas, Brian Finnegan, director del Solidarity Center en
Brasil y Melinda Newhouse, representante del sindicato USW - United
SteelWorkers.
Para calificar el debate fueron realizadas
presentaciones acerca de las estruturas sindicales de los dos países. Ken Zinn
habló acerca de las dificultades en promover el sindicalismo en los Estados
Unidos, una vez que el reconocimiento de los sindicatos es voluntario de parte
de los trabajadores y muchas veces boicoteados por las empresas. "en el
período de campaña los sindicatos no tienen acceso a los sitios de trabajo y
mismo cuando ganan la elección y son reconocidos 45% de ellos no consiguen
negociar un primer acuerdo", analizó Zinn. Aunque el movimiento sindical
estadounidense ha declinado en los últimos años, la AFL-CIO está esperanzada
con la perspectiva de cambios en la ley de trabajo en el congreso nacional,
después de la elección de Barack Obama.
El escenario sindical brasileño fue presentado por
Manoel Messias y englobó desde el origen del sindicalismo en Brasil hasta el
reconocimiento reciente de las centrales sindicales. El amplio fraccionamiento
de los sindicatos en la región, la carencia de garantías para organización en
el sitio de trabajo y los sindicatos sin socios sostenidos por el impuesto
sindical son las principales dificultades para el movimiento en Brasil.
"La CUT cree que una remodelación sindical es viable, pero políticos con
ligaciones con empresarios impiden el cambio",
comentó Messias.
Casos prácticos de campañas de organización de trabajadores en multinacionales
también hicieron parte de la discusión. La responsable por el departamento de
campañas internacionales de la AFL-CIO, Amy Masciola, presentó la campaña de
organización de los trabajadores de la multinacional canadiense del sector
gráfico Quebecor. La organización de una red sindical en esta compañía, con
diversos esfuerzos en comunicación, contribución de la federación internacional
del ramo UNI, las movilizaciones junto a los clientes de la compañía y diversas
otras acciones, hicieron la empresa retroceder y firmar un acuerdo marco
global. "La campaña ayudó a mejorar las condiciones de trabajo en las
plantas de los 16 países donde la empresa posee operaciones", completó
Amy.
El cambio de
experiencias incluyó una presentación del Instituto Observatório Social, que
mostró a los participantes su metodología de investigación y de que forma sus
estudios apoyan la acción sindical en Brasil. La propuesta de manual de
construcción de redes sindicales, publicación que ha sido trabajada por el
equipo del CUTMulti, también fue presentada durante el seminario y despertó
gran interés de los compañeros estadounidenses.
Como resultado del provechoso intercambio de
informaciones durante los dos días de seminario, los participantes prometieron
dar continuidad a las discusiones iniciadas en el intercambio. Una serie de
actividades comunes, con seminarios y entrenamientos específicos, deberán hacer
parte del proyecto de solidaridad internacional entre la CUT y la AFL-CIO.
Redes de trabalhadores campanhas estratégicas e pesquisas para subsidiar a ação sindical foram os principais temas debatidos na troca de experiências promovida pelo Solidarity Center da AFL-CIO com o projeto CUTMulti "Ação Frente às Multinacionais". O intercâmbio, realizado em Washington DC, nos Estados Unidos, nos dias 4 e 5 de maio de 2009, contou com a participação de Manoel Messias Nascimento Melo, da executiva nacional da CUT, José Drummond, coordenador do CUTMulti, Felipe Saboya, coordenador de pesquisa do Instituto Observatório Social, Fábio Lins, representante da CNQ - Confederação Nacional do Ramo Químico, José Wagner Oliveira, da CNM - Confederação Nacional dos Metalúrgicos e Jorge Luis Campo, pela CNTSM - Confederação Nacional dos Trabalhadores no Setor Mineral. O time da AFL-CIO esteve representado por Ken Zinn, diretor do departamento de organização, Amy Masciola, coordenadora de campanhas internacionais, Robert Masciola, do centro de pesquisas estratégicas, Brian Finnegan, diretor do Solidarity Center no Brasil e Melinda Newhouse, representante do sindicato USW - United Steelworkers.
ResponderExcluirBoa Obrigado!!!
Excluir