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terça-feira, 4 de setembro de 2018

Discutir a condição do trabalho hoje no Brasil é falar sobre direitos humanos, aponta dirigente da Contracs

31/08/2018

Entidade é uma das apoiadoras do 5º Congresso Internacional de Ciências do Trabalho, Meio Ambiente, Direito e Saúde, promovido pela Fundacentro

Escrito por: Contracs - Luiz Carvalho

Domingos Braga Mota
Secretario de Saúde da Contracs/CUT
Termina nesta sexta-feira (31) o 5º Congresso Internacional de Ciências do Trabalho, Meio Ambiente, Direito e Saúde promovido pela Fundacentro. Com o tema “Acidentes, adoecimentos e sofrimentos do mundo do trabalho”, a atividade acontece no Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP e teve a Contracs (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços) como uma das apoiadoras.

Durante cinco dias, sociólogos, jornalistas, psiquiatras, psicólogos, desembargadores, economistas, cineasta, procuradores, juízes, advogados, professores e representantes de movimento social e sindical discutiram políticas para um ambiente de trabalho mais saudável e debateram as formas de adoecimento. Além de tratar de temas como a resistência ao ataque da mídia aos trabalhadores e a conquistas como a Previdência Social.

Para o secretário de Saúde e Segurança do Trabalhador da Contracs, Domingos Mota, encontros como esse dão ao movimento sindical uma base para tratar a elaboração das pautas e negociação, além de unificar correntes para reverter o atual estágio de rebaixamento das condições laborais.

“A existência ou ausência de direitos afetam diretamente a saúde do trabalhador e vemos isso claramente com a implementação do trabalho intermitente, essa modalidade terrível que veio junto com a reforma trabalhista e deixa quem está empregado numa situação degradante, desenvolvendo, inclusive doenças como depressão por conta dos péssimos ganhos e da expectativa sobre quando será chamado para exercer a atividade. Já vemos pessoas trocando sua força de trabalho por comida e moradia e debater hoje a realidade da classe trabalhadora tornou-se algo ligado aos direitos humanos”, apontou o dirigente.

Com a reforma trabalhista em foco e sua repercussão sobre a vida e a saúde dos trabalhadores, como ressaltou Domingos Mota, o encontro trouxe novos elementos para o embate.

Médica do trabalho e coordenadora do congresso, Maria Maeno, apontou que não há saída isolada para o atual cenário e por isso é fundamental juntar forças para gerar unidade.

“Organizamos este congresso neste momento porque existe um projeto determinado de retirada de direitos em todos os âmbitos: trabalho, Previdência Social e saúde que estão na Constituição Federal. Não é só de pesquisadores, mas também gente de universidade, sindicalista, estudante, instituto de pesquisa, justiça do trabalho para encontrar saídas conjuntas e integradas”, falou.

Mesmo princípio defendeu a médica sanitarista do Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador) de Campinas (SP), Miriam Silvestre. 

“É o mais importante de todos os congressos que realizamos por conta crise profunda que vivemos nesse contexto de golpe. A saída para nos reencontrarmos é a articulação. Precisamos juntar quem atua no SUS, Cerest, atenção básica, direito do trabalho, ministério público do trabalho para chegar à população e não falarmos só nós para nós mesmos. Esse encontro permite ampliar a capacidade de argumentação para além do conhecimento diário e trazer para a prática diária”, definiu.

Acompanhe a atividade ao vivo neste link da Faculdade de Direito da USP.

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