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Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas, pelo contrário, o seu ser social é que determina a sua consciência.” *Kal Marx “os comunistas nunca devem perder de vista a unidade da organização sindical. (Isto porque) a única fonte de força dos escravos assalariados de nossa civilização, oprimidos, subjugados e abatidos pelo trabalho, é a sua união, sua organização e solidariedade” *Lenin

terça-feira, 30 de abril de 2019

Com governo Bolsonaro ultraconservador associado à ultradireita, acidentes e doenças relacionados ao trabalho explodem no Brasil.

28 de abril – Dia Mundial em Memória as vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.

instituída após um acidente na mina de carvão em Farmington, no estado da Virgínia (Estados Unidos), onde deixou 78 trabalhadores mortos, a data, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), consagra este dia a reflexão sobre a segurança e saúde no trabalho.

No Brasil, a Lei 11.121/2005 instituiu o mesmo dia como o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho para lembrar as vítimas e ampliar o debate sobre a prevenção e políticas sobre saúde e segurança nos locais de trabalho.
A estimativa da OIT, segundo a Agência da Organização das Nações Unidas (ONU), afirma que doenças profissionais são principais causas de mortes no trabalho, afetando 2,34 milhões de profissionais anualmente. Somente 321 mil, se devem a acidentes. As restantes 2,02 milhões de mortes são causadas por diversos tipos de enfermidades relacionadas com o trabalho, o que equivale a uma média diária de mais de 5.500 mortes. Trata-se de um déficit inaceitável, afirma a agência da ONU.
O crime socioambiental de Brumadinho (MG), em janeiro de 2019, chocou o mundo. A tragédia ocorrida há quatro meses foi considerada o maior acidente de trabalho do país e o segundo maior do mundo. O número de vítimas fatais neste homicídio em Brumadinho chegou a 233 e cerca de 37 corpos seguem debaixo da lama tóxica, segundo a Defesa Civil de Minas Gerais. A mineradora Companhia vale do Rio Doce (VALE), continua impune neste, e em outros casos, com a negligência dos poderes públicos dos municípios de Mariana (2015) e de Brumadinho (2019), do estado e da união nominando-se diretamente ao ministério público e a justiça.

A precarização do trabalho intermitente e a terceirização, associado ao descaso do governo com o fim dos órgãos de fiscalização preventiva, e dos empresários ‘escravistas’, está se criando uma nova categoria de trabalhadores. Com o APARTHEID trabalhadores são segregados de direitos, os mais elementares dos demais trabalhadores, excluídos dos seus direito e garantias. 

O trabalho precário, intermitente é antessala da escravidão moderna, ou um proletariado digital, que seria um tipo de trabalho onde não há limite de jornada e não há descanso matutino e/ou noturno. Hoje, além das longas jornadas de trabalho, nos são pagos os piores salários do mercado, que seria a servidão absolutista. 
Com a terceirização irrestrita, as doenças crescem de forma avassaladora sobre os trabalhadores a proletarização marcada pela superexploração, tem atingido diretamente os trabalhadores do nosso ramo do comércio e serviços, os hoteleiros, as camareiras, os atendentes em redes de fast-food, bares/restaurantes, barmen, motoboys, hipermercados, telemarketing, caixas de supermercados, trabalhos intermitentes, como motoristas de Uber; comerciários, além de outras categorias com maior renda.


A ausência de uma prevenção adequada das enfermidades profissionais tem profundos efeitos negativos não somente nos trabalhadores e suas famílias, mas também na sociedade devido ao enorme custo gerado, particularmente no que diz respeito à perda de produtividade e a sobrecarga dos sistemas de seguridade social do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Estes dados refletem a lógica perversa do capital que, dia-a-dia, expõe milhares de trabalhadores e de trabalhadoras a condições cada vez mais precárias de trabalho, que ficam doentes, mutilam determinada parte do corpo e têm suas vidas ceifadas durante o exercício de suas atividades.

Esse cenário nos chama a reflexão e exige da classe trabalhadora mais mobilização por melhores condições de trabalho, onde a luta pela prevenção de acidentes de trabalho só será efetivada se for acompanhada do aumento dos espaços de atuação dos trabalhadores e seus representantes no interior  das empresas.

Neste sentido, a Contracs/CUT atua para desenvolver uma política de saúde dos trabalhadores (as), capaz de reforçar a ação sindical nos locais de trabalho e ramos de atividade e nos espaços institucionais, que regulam a prevenção e a reparação dos danos causados pelo trabalho.
Que hoje, dia 28 de abril, seja um dia de luta em defesa dos direitos e da saúde do trabalhador.

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