Os
ataques à classe trabalhadora são avassaladores que se dão em quatro frentes:
Do governo ilegítimo Temer. Do congresso conservador retrógado e golpista. Da
justiça. Dos patrões e suas estruturas. Todos com o mesmo objetivo destruir as
estruturas de representação da classe trabalhadora.
As
garantias que permeavam a saúde e segurança dos trabalhadores brasileiro sofreu
um duro revés, o ataque do setor patronal e do governo ilegítimo Temer, foi
mirado para o Fator Acidentário de Prevenção (FAP), parte integrante da
Política Nacional de Saúde do Trabalhador - PNSST, regulamentado pelo decreto
nº 6042/2007 e pela Resolução CNPS nº 1316/2010, na semana em que trabalhadores
de todo o Brasil se reuniam no 7º encontro nacional das CISTTs/CNS em São Luís
MA, onde se discutia as estratégias de combate ao enfraquecimento do SUS e à
retirada de direitos. As políticas de prevenção nunca fizeram parte da
estratégia patronal e nem mesmo do FAP.
A saúde e segurança no ambiente de
trabalho esta acostado da Constituição Federal, a Lei Orgânica da Saúde 8.080/90
estabelece no Art. 7º “as ações e serviços públicos de saúde e os serviços
privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde
(SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da
Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios: VIII -
participação da comunidade”.
O que o governo impôs a mando das empresas, o rolo compressor
no Conselho da Previdência e desfaz as políticas de prevenção e esse equilíbrio
atuarial, jogando parte da acidentalidade debaixo do tapete e ampliando ainda
mais as políticas de subnotificação. Buscará beneficiar ainda mais
as empresas com isenções fiscais e deixará a conta a ser paga pela
Previdência e pelos trabalhadores. Na prática estará dando um
péssimo exemplo em não exigir a prevenção dos acidentes e doenças
profissionais. Com as exclusões das Comunicações de Acidentes (CATs) na
cobrança do FAP, o governo estará desestimulando as políticas de prevenção
acidentária, do trabalho das CIPAS, dos sindicatos, dos Centros de Referência
do Trabalhador, dos profissionais da área de Saúde e Segurança, da
fiscalização do Ministério do Trabalho entre outros. Pasmem! A proposta do governo aliada aos
patrões é eliminar entre comunicações e acidentes de trajeto cerca de 454 mil
acidentes, ou seja 63% de toda a acidentalidade de 2014, sendo que
comunicações acidentárias e acidentes de trajeto obrigatoriamente
estão previstos na legislação previdenciária atual.
A
Saúde do Trabalhador é um conjunto de atividades que se destina, através das
ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e
proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e
reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos
advindos das condições de trabalho, abrangendo(...), conforme previsto na Lei Orgânica
da Saúde 8.080/90, art. 6,§3º. Tudo dentro do sistema SUS. A saúde do
trabalhador um direito alienável.
Domingos Braga Mota
Secretario de Saúde e Segurança do Trabalhador da CONTRACS/CUT
Representante da CONTRACS/CUT no Conselho Intersetorial de Saúde do Trabalhador – CISTT/CNSSecretario de Saúde e Segurança do Trabalhador da CONTRACS/CUT
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